De início, isso soa estranho, não é mesmo? Ainda mais quando não se sabe sua origem, tornando-o um simples objeto, diferente talvez, mas não interessante.
Entretanto, a partir do momento em que conversamos com ele, sendo possível conversar com o objeto, basta fazer-lhe algumas perguntas como: do que você é feito? É moldado ou em peças? Qual é a sua função? São perguntas simples como estas que nos levam a importantes revelações. Na qual o que de início era uma simples pedra côncava, torna-se uma pedra afiadeira, utilizada por índios ou primatas para afiar ferramentas e armas.
Mas, você sabe como esses objetos chegam até nós, quem são os responsáveis que os disponibiliza para a sociedade. A arqueologia é um dos responsáveis, que tem sua atenção voltada para o contexto histórico-cultural de um determinado grupo social. Há também a etnologia, que tem a mesma função, mas seu enfoque está na sociedade contemporânea, onde ambos utilizam-se da cultura, como instrumento para melhor compreensão das diferenças entre o homem e a sociedade.
Tomando por base a conversa com objetos se aprende a reconhecer e valorizar a cultura de cada um e a importância de seus responsáveis para o resgate e valorização da cultura nacional e, aprendemos ainda que a instituição-museu não pode e nem deve ser vista pelo espaço escolar como uma mera ilustração de teoria, muito menos como um lugar velho que guarda coisas antigas, mas sim, como um lugar de aprender, de conhecer e ouvir o que os objetos têm para contar.
Larissa de Oliveira Almeida
Cursa o 2º ano do Curso de Licenciatura em
História da Faculdade Barretos.
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