A Faculdade Barretos, juntamente com o coordenador do Curso de Licenciatura em História da Faculdade Barretos, dão as Boas Vindas a todos os alunos para o ano letivo de 2012! Sejam Bem Vindos!
"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem. (Bertold Brecht)"

sábado, 5 de março de 2011

A Imprensa e os Fatos Históricos (generalidade) do Brasil

5 de março de 1936 - Prestes e Olga são presos

O ex-capitão do exército Luis Carlos Prestes e sua mulher, procurados desde novembro de 1935 quando se deu o golpe contra o regime conhecido como a Intentona Comunista, foram presos depois de uma armação da Polícia.

A princípio existia a dúvida se Prestes encontrava-se no Brasil até serem efetuadas as prisões do agente do Komintern, Harry Berger, e do secretário do Partido Comunista, Adalberto Fernandes.

Através dos documentos e cartas encontrados em poder de ambos, dissiparam-se todas as dúvidas de que o lider vermelho tivesse se ausentado do Brasil. O local onde se encontrava, porém, era ignorado.

Logo após as autoridades policiais foram informadas de que chegara ao Brasil, em missão especial do Komintern para um entendimento com Prestes, o agente norte-americano Vitor Allan Baron.

Policiais efetuaram sua prisão, conduzindo-o para a Delegacia de Ordem Política e Social. Em todos os interrogatórios a que foi submetido negou-se a indicar o paradeiro de Prestes. O Capitão Miranda interrogou-o habilmente, ao levá-lo para jantar em um restaurante, e conseguiu finalmente a informação que precisava. Luis Carlos Prestes encontrava-se nesta capital, vivendo na clandestinidade com a sua mulher Olga Benário, de nacionalidade alemã, no endereço Rua Honorio, casa no. 270, Cachambi.

Vitor Allan Baron, preso na Seção de Segurança Política, ao se certificar que Prestes tinha sido realmente preso, correu da sala onde se achava até a varanda e precipitou-se no vácuo, caindo no pátio interno e sofrendo gravíssimas lesões.
Prestes foi removido para o quartel da Polícia Especial e Olga ficou detida na Delegacia de Ordem Política e Social.

sexta-feira, 4 de março de 2011

A Imprensa e os Fatos Históricos (generalidades) do Brasil

4 de março de 1974 - A inauguração da Ponte Rio-Niterói

"A Ponte Presidente Costa e Silva, monumento à Revolução de 1964, projeção sobre o mar da grande rodovia longitudinal litorânea, a BR-101, é um bem que simboliza ainda em sua majestade:
Primeira página do Jornal do Baasil: Terça-feira, 5 de março de 1974


a decisão do povo brasileiro de vencer todos os obstáculos ao nosso pleno desenvolvimento econômico e social; a capacidade de nossa engenharia de estudar e executar empreendimentos da maior complexidade; a dedicação e competência do operário brasileiro, cujo ânimo, até nas horas dramáticas, jamais arrefeceu, tendo ao contrário, saído fortalecido dos reveses próprios de obra de tamanha envergadura".
Mario Andreazza




Após uma espera de 6 anos e a superação de uma série de imprevistos, incluindo as dificuldades surgidas na execução das fundações, o Presidente Médici inaugurava a Ponte Presidente Costa e Silva unindo o Rio e Niterói através de um ousado e imponente empreendimento da construção civil nacional com 13 quilômetros de extensão e até 70 metros de altura no trecho de seu vão central. A solenidade aconteceu em duas etapas: a primeira, com o Governador Chagas Freitas, no acesso carioca, cortando uma fita simbólica e a segunda, diante de cerca de 10 mil pessoas, do lado fluminense, depois de um discurso do Ministro dos Transportes, Mario Andreazza. Estiveram presentes Ministros de Estado, Governadores, autoridades militares e eclesiásticas, além de uma multidão entusiasmada ao final invadiu as pistas numa grande festa.

Ao anoitecer uma missa na praça dos pedágios celebrou a memória dos operários mortos durante as obras. Ao final, o presidente da Construtora ECEX (responsável pela supervisão da edificação), Coronel João Carlos Guedes, ativou o serviço geral de iluminação.

O caminho para a modernidade
A travessia da ponte Rio-Niterói foi aberta ao público na manhã seguinte à inauguração, por onde começaram a passar mais de 50 mil veículos, diariamente. Desde então o marco da engenharia nacional, transformaria-se também em símbolo da integração e desenvolvimento econômico do do estado do Rio de Janeiro. Além de atender aos deslocamentos da população às localidades adjacentes, agilizou o serviço de transporte intermunicipal e interestadual de cargas, e contribuiu para o crescimento e a expansão de cidades, principalmente na Região dos Lagos.

CCJ aprova regulamentação da profissão de historiador

A regulamentação da profissão de historiador foi aprovada, nesta quarta-feira (2), pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). A proposta, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), estabelece que a profissão de historiador poderá ser exercida pelos diplomados em curso de graduação, mestrado ou doutorado em História.
Entre as atribuições dos historiadores, o projeto (PLS 368/09) lista o ensino da disciplina no ensino básico e superior; o planejamento, a organização, a implantação e a direção de serviços de pesquisa histórica; o assessoramento voltado à avaliação e seleção de documentos para fins de preservação.
A proposta já havia sido aprovada em decisão terminativaDecisão terminativa é aquela tomada por uma comissão, com valor de uma decisão do Senado. Quando tramita terminativamente, o projeto não vai a Plenário: dependendo do tipo de matéria e do resultado da votação, ele é enviado diretamente à Câmara dos Deputados, encaminhado à sanção, promulgado ou arquivado. Ele somente será votado pelo Plenário do Senado se recurso com esse objetivo, assinado por pelo menos nove senadores, for apresentado à Mesa. Após a votação do parecer da comissão, o prazo para a interposição de recurso para a apreciação da matéria no Plenário do Senado é de cinco dias úteis., em março de 2010, pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Mas a aprovação de emenda de Plenário do senador Alvaro Dias (PSDB-PR) e de requerimentos dos senadores Flexa Ribeiro (PSDB-PA) e do então senador Flávio Arns (PSDB-PR) fez a matéria retornar à CAS, bem como exigiu sua análise pela CCJ e pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE).
Relator do projeto na CCJ, Flexa Ribeiro recomendou sua aprovação com o acolhimento da emenda de Alvaro Dias. A mudança proposta em Plenário simplificou uma das atribuições dos historiadores para a "organização de informações para publicações, exposições e eventos sobre temas de História". O texto aprovado pela CAS detalhava os locais (empresas, museus, editoras, produtoras de vídeo e CD-ROM ou emissoras de televisão) de realização dessa atividade.
- O texto original do inciso que se pretende alterar era excessivamente detalhista e enumeratório, o que depõe contra a generalidade, clareza e precisão da norma - explicou Flexa Ribeiro em seu parecer.
O relator reconheceu o "relevante" papel exercido pelos historiadores na sociedade e considerou que a inexistência de uma regulamentação pode abrir esse campo a profissionais de outras áreas sem as qualificações necessárias para desenvolver um trabalho adequado com objetos e assuntos históricos.
Iara Farias Borges e Simone Franco / Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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quinta-feira, 3 de março de 2011

A Imprensa e os Fatos Históricos (generalidades)

3 de março de 2000 - Ditador Pinochet volta ao Chile

Depois de quase 17 meses em que esteve detido na Grã-Betanha, o ex-ditador chileno Augusto Pinochet (na época com 84 anos), foi o pivô de uma crise política já ao desembarcar em uma base aérea de Santiago, em meio ao entusiasmo de seus seguidores, à satisfação das Forças Armadas e ao constrangimento do governo do Chile. Acusado pela tortura e morte de adversários do seu regime, Pinochet pôde deixar Londres porque o governo britânico considerou que ele não tinha condições mentais para ser extraditado e julgado na Espanha pelos crimes cometidos.

O presidente eleito, Ricardo Lagos, que ainda não tinha tomado posse no dia em que viu o ex-ditador colocar os pés novamente em solo chileno, condenou a recepção festiva preparada por chefes militares, líderes de partidos de direita e empresários. “Os interesses do país exigiram comedimento. As cenas que vimos na TV não ajudam ao Chile. Isto tinha que ter sido levado em conta pelas pessoas envolvidas”, disse o novo líder do país, acrescentando que não permitiria manifestações semelhantes por parte dos militares quando passasse a ocupar seu posto como Chefe de Estado. O secretário-geral da Presidência foi mais longe. José Miguel Insulza, que seria o futuro ministro do Interior do governo Lagos, disse que a recepção festiva dada a Pinochet “lembrou a entrada de tropas nazistas em certas cidades na Segunda Guerra”.

Pinochet deixou o avião das Forças Armadas numa cadeira de rodas, mas assim que foi baixada à pista, ele se pôs de pé e, apoiado numa bengala, caminhou até um grupo de parentes, amigos e admiradores que o saudavam acenando bandeiras do Chile ao som da mais importante banda militar do país. Apesar da sua aparência frágil, a relativa desenvoltura demonstrada por Pinochet chamou a atenção assim como as observações dos seus parentes sobre sua impressionante recuperação a bordo do avião da Força Aérea chilena, que diziam ter visto o general se recuperar brilhantemente assim que deixou a Inglaterra.

Na volta à pátria, Pinochet encontrou 60 queixas criminais contra ele. Todas perseguindo um objetivo comum: julgá-lo por seus crimes graves cometidos durante os 17 anos de sua ditadura que teve início em 1973, com o golpe de Estado que causou a morte do ex-presidente Salvador Allende; e terminou em 1990, quando uma onda de protestos populares o impediu de tentar a reeleição.

A Imprensa e os Fatos Históricos (generalidades) do Brasil

2 de março de 1996 - O prematuro final do Mamonas Assassinas

Primeira página do Jornal do Brasil: Segunda-feira, 4 de março de 1996


Capa do Caderno B: Segunda-feira, 4 de março de 1996
Um acidente com o jatinho que transportava os integrantes do grupo Mamonas Assassinas interrompeu a fulminante carreira da banda que conquistou multidões de crianças e adolescentes em todo o Brasil.

O avião Lear Jet 25, PT-LSD chocou-se, no fim da noite, com a Serra da Cantareira, na Grande São Paulo. Além do vocalista Dinho, os irmãos Samuel e Sérgio, Júlio e Bento - componentes da banda - morreram o piloto, o co-piloto e dois assistentes dos artistas.

A tragédia causou comoção nacional, e homenagens ao grupo foram promovidas em diversas cidades.

Letras irreverentes, figurinos exóticos e performance estilo pastelão. Nunca estes ingredientes haviam se misturado com tanta espontaneidade no cenário musical brasileiro. O resultado foi a identificação imediata do público jovem que entoava as músicas de expressão debochada como hinos da sua geração.

Uma histeria só comparável ao surgimento da Xuxa na década de 80 e que levaria o grupo ao auge da fama da noite para o dia.

Em apenas oito meses, o único CD lançado atingiria a margem de 1,8 milhão de cópias vendidas. Com várias faixas nas paradas de sucesso, entre elas Vira-Vira, Pelados em Santos e Robocop Gay, o Mamonas se revelaria o maior fenômeno do mercado musical brasileiro dos últimos tempos.


Alegria e humor do início ao fim

"Vamos ficar escondidos. Se vocês gritarem 'mais um', a gente volta". Assim Dinho conduziu o público na última noite de apresentação da banda. A efêmera trajetória do Mamonas Assassinas deixou um legado de alegria e humor, marcas do comportamento de seus jovens integrantes, liderados pela comédia natural do vocalista.

Ironicamente, deixariam registrado no encarte do CD, entre os nomes da lista de agradecimentos: "Ao Santos Dumont (que inventou o avião, senão a gente ainda tava indo mixar o disco a pé)".

Marcos Terranova/CPDoc JB

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A Imprensa e os Fatos Históricos (generalidades) do Brasil

28 de fevereiro de -1989 - Morre Aurélio Buarque de Holanda Ferreira

Morre Aurelio Buarque de Holanda. Jornal do Brasil: Quarta-feira, 1º de março de 1989.
"Fazer dicionários é como caçar borboletas. As palavras voam, é preciso caçá-las no ar". Aurélio Buarque de Holanda

Vítima do mal de Parkinson que sofria desde 1981, morreu o dicionarista e acadêmico Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, 78 anos, autor de um dos maiores sucesso da história editorial do Brasil: o dicionário Aurélio.

Por obrigações do ofício, Aurélio nunca se dava por satisfeito com as acepções dos seus verbetes. Para explicar o que era um dicionarista, por exemplo, por escrito, ele era curto: "Autor de dicionário, lexicógrafo". Mas, no meio de uma conversa, podia se esbaldar à vontade: "O ideal de todo lexicógrafo é ser um ficcionista, afinal, o que é criar a acepção de uma palavra, senão desandar pelo domínio da ficção?"

Quem conheceu este Aurélio alegre, sempre com um bom papo, no entanto, sabe que ele talvez se definisse melhor com a expressão "pescador de pérolas". Como bom alagoano, mestre Aurélio era apaixonado pelo mar. A paixão vinha desde os oito meses de idade, quando a família pobre, de pai comerciante modesto, se mudou da interiorana Passo de Camaragibe, onde nasceu Aurélio, a 3 de maio de 1910, para Porto das Pedras, de frente para o Oceano Atlântico. E sempre que os repórteres batiam à sua porta, com a incontornável missão de repassar a sua vida, ele ria, paciente, e não esquecia de mencionar um evento importante: tinha aprendido a nadar com 12 anos. Parecia um detalhe insignificante. Mas ele era assim. Apegado ao detalhe minúsculo que podia fazer diferença na definição de um verbete. Para definir Aurélio BUarque de Holanda Fereira, a presença do mar fez diferença.

O lexicógrafo Aurelio Buarque de Holanda.
O verbete que faltava
Num de seus célebres acessos de modéstia, Aurélio censurou no seu famoso dicionário, um verbete de uso amplamente dissiminado na língua portuguesa: aurélio. O que constar neste verbete? Sinônimo de dicionário, graças ao uso coletivo e anônimo, em reconhecimento à excelência do trabalho do lexicógrafo alagoano Aurélio Buarque de Holanda Ferreira, autor do Novo dicionário da língua portuguesa.
http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?blogid=57&archive=2011-02
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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Construção de Pinacoteca no Interior do Estado de São Paulo

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), anunciou nesta terça-feira (22) a criação de uma pinacoteca no interior de São Paulo. Segundo Alckmin, o prédio será erguido em Botucatu, cidade a 238 km de São Paulo.
- Esta será a primeira de muitas no interior.

A informação foi dada durante a divulgação da programação da Virada Cultural Paulista, marcada para os dias 14 e 15 de maio. 

O local onde a pinacoteca será construída já está sendo analisado pela prefeitura da cidade. Segundo o governador, também já há acervo, mas ele não divulgou quantas peças o compõe. 

O governo estadual também não deu prazo para início e término das obras.
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