A Faculdade Barretos, juntamente com o coordenador do Curso de Licenciatura em História da Faculdade Barretos, dão as Boas Vindas a todos os alunos para o ano letivo de 2012! Sejam Bem Vindos!
"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem. (Bertold Brecht)"

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Tempo de escolaridade sobe 31,4%

Maria das Graças Castro, 40 anos, é professora da rede municipal há 14 anos e diz não ter grandes dificuldades para alfabetizar as crianças. Ela ensina na localidade de Buritizal, município de Cascavel, e acredita “na metodologia de cada profissional, que está desenvolvendo o seu trabalho”.

E o otimismo de Maria das Graças é reforçado por dados da pesquisa “Situação Social nos Estados”, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta crescimento no tempo de escolaridade no Ceará de 31,4%, número que passou a ser maior que o do Nordeste.
A taxa de analfabetismo, por sua vez, caiu 25% no período de 2001 até 2009. Dado que é comemorado com ressalvas pelo professor da Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e ex-secretário de Educação e Assistência Social de Fortaleza, Idevaldo da Silva Bodião.
“Em números absolutos temos menos analfabetos, embora ainda tenhamos muitos analfabetos e a maioria esteja entre a população rural. Melhorou para todo mundo e estamos em uma posição melhor que antes”, afirma.
Idevaldo Bodião completa: “As nossas colocações (do Ceará) em recortes de educação, pelo menos nos últimos dez anos, quase sempre estão na média do Nordeste e em alguns casos ficamos acima da média”.

Aplicativo permite aos estudantes aprenderem pelo Facebook

Uma startup patrocinada pelo grupo editorial Pearson, que tem como uma de suas áreas de atuação os livros didáticos, quer aproveitar todo o tempo que adolescentes passam no Facebook para estudarem também. A Alleyoop acredita que se milhões e milhões de crianças e jovens passam horas cuidando de fazendas, por que não gastar esse tempo aprendendo? A ideia é agregar conteúdos já disponíveis na internet, como vídeos, exercícios, explicações, etc, e customizá-los para as necessidades de cada um. Os conteúdos seriam de sites gratuitos ou pagos. Neste último caso, o Alleyoop serviria como uma ferramenta de distribuição. - Fundamentalmente, estamos focados no grande problema que é como ajudar os estudantes a assumir o controle do seu futuro. - afirmou Patrick Supanc, presidente da Alleyoop, ao site especializado em tecnologia Mashable.

O grande trunfo da iniciativa está na forma de acesso aos conteúdos pagos. Em vez de gastarem dinheiro de verdade, os estudantes poderão ganhar um dinheiro virtual, “Yoops”, dentro do próprio Alleyoop, seguindo a lógica de jogos populares na rede, como Farmville e Mafia Wars. Os recursos que darão acesso aos módulos pagos serão ganhos através de desafios e outras tarefas. Por exemplo, alguém que se dispôr a ensinar matemática para outro usuário, ganhará “Yoops” mais rapidamente.
Atualmente, o Alleyoop só oferece lições de matemática para usuários entre 13 e 19 anos. Maiores de idade não conseguem nem se logar na página. Se o projeto piloto alcançar o sucesso esperado, outras disciplinas serão incorporadas e outras idades atendidas. A partir do momento em que começam a frequentar a rede, os estudantes receberão também recomendações de leitura e até dicas de escolhas de carreira.

Mais em: http://oglobo.globo.com/educacao/aplicativo-permite-aos-estudantes-aprenderem-pelo-facebook-3856405

Psicólogo dá dicas de como encarar momentos de transição na escola

O trânsito já denuncia que as férias acabaram. Depois do descanso, crianças e adolescentes reencontram os amigos da escola. Eles já sabem: começa tudo de novo.

Para alunos do sexto ano, a antiga quinta série, 2012 vai ser cheio de novidades. O estudante Alan só tinha um professor para todas as disciplinas, mas agora: “São muitas matérias e oito professores”, afirma.
Os psicólogos dizem que nessa fase o mais importante é que os pais fiquem bem atentos a qualquer dificuldade. Recorram logo ao reforço na própria escola ou a um professor particular, sem esperar até o segundo bimestre.
Para outro grupo de estudantes, as mudanças são ainda maiores. Eles estão entrando no Ensino Médio, hora de decidir o que vão fazer da vida.
O grande desafio é aprender a usar bem o tempo, uma mudança de atitude. “Uma atitude mais responsável com os estudos, uma capacidade maior de gerenciamento do tempo pra dividir as atividades que seriam lúdicas, de lazer, e as atividades de responsabilidade”, explica Fábio Caló, psicólogo.
Mas será que a vida de repente tem que ficar séria demais? “Eu acho que a gente tem que ter um momento de diversão também, porque não adianta só estudar, estudar, estudar e não se divertir”, diz Camila Lanfredi, 15 anos -estudante.
“Esse equilíbrio entre a prática de esportes, a vivência de atividades que são de lazer, bem como as atividades de estudo é fundamental”, afirma o psicólogo.
Apesar de aumentar a atenção, os pais não devem fazer comparações. “Jamais devem dizer para o adolescente que os primos deles ou que até mesmo um coleguinha de turma tem um desempenho melhor, é mais inteligente, se dedica mais. Esse tipo de comentário, esse tipo de consideração está vetada”, ressalta o especialista.

Mais em: http://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2012/02/psicologo-da-dicas-de-como-encarar-momentos-de-transicao-na-escola.html

Dados sobre alunos devem ser enviados a partir desta quarta

A partir desta quarta feira, 1º de fevereiro, até 12 de março, as escolas de educação básica de todo o Brasil devem participar da 2ª Etapa do Censo Escolar 2011, composta pelo módulo situação do aluno, cujo objetivo é coletar as informações de rendimento e movimento do aluno no final do ano letivo.

Para prestar suas informações, é necessário acessar o sistema Educacenso, clicar na opção situação do aluno e preencher os dados solicitados. A senha para informar a situação do aluno é a mesma utilizada na coleta da matrícula inicial.
Os dados preliminares da situação do aluno estarão disponíveis para conferência dos gestores municipais e estaduais de educação a partir do dia 19 de março. Caso seja necessário corrigir qualquer informação, o período de retificação dos dados vai até o 2 de abril. A previsão é de que os dados finais de rendimento e movimento escolar 2011 sejam divulgados na segunda quinzena de abril.
As escolas que não preencherem a situação do aluno podem ficar de fora das estatísticas oficiais que servem de base para o cálculo das taxas de aprovação, reprovação e abandono, e para o cálculo do índice de desenvolvimento da educação básica (Ideb).

Mais em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17473:-dados-sobre-alunos-devem-ser-enviados-a-partir-desta-quarta&catid=211

"Avaliar sem ter consequência não adianta"

Atualmente, as avaliações dos mais diversos níveis de ensino desempenham um papel fundamental no avanço da educação. Pensando no crescimento, nos últimos anos, do número de pessoas que lidam com a avaliação e que começam a vê-la como seu campo de atuação profissional, seja como pesquisadores ou como responsáveis pela condução das políticas de avaliação nos sistemas educacionais, além da disposição destes dois grupos de se relacionarem para aprender e maximizar o potencial dos seus trabalhos, foi criada a Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave).

Seu novo presidente, Ruben Klein, assume o cargo em 2012 pensando em dar prosseguimento ao trabalho que já vem sendo desenvolvido. De acordo com ele, as avaliações devem ser utilizadas sempre a favor da melhoria da educação. Apesar de garantir que as metodologias empregadas no Brasil são modernas e não deixam nada a desejar em relação aos países desenvolvidos, Ruben ressalta que ainda falta aplicar os diagnósticos obtidos através das avaliações. "As avaliações estão mais ou menos consolidadas, o que falta é usar os resultados em busca de melhor qualidade. E, claro, o monitoramento para ver a continuidade", comentou.
O presidente da Abave, cujo mandato vai até 2014, ainda falou sobre assunto relativos ao Enem, Enade e Saeb. Além disso, ressaltou a necessidade de implantar sistemas de avaliações na pré-escola e para professores, com sistemas de bonificação para os docentes com bom desempenho nos testes.

Prefeitura desiste de novo bônus para docente

A Prefeitura de São Paulo desistiu de aplicar o bônus para os professores de acordo com um indicador educacional lançado em julho. Segundo a pasta, o Índice de Qualidade da Educação (Indique), que consolida o desempenho das escolas na Prova São Paulo e o perfil socioeconômico dos alunos, precisa de ajustes para ser usado na educação infantil.

A Secretaria Municipal de Educação disse que isso ocorrerá ao longo de 2012, ao mesmo tempo em que os servidores do ensino fundamental "poderão conhecer melhor o Indique". A pasta reforça que não pode adotar critérios diferentes para pagar profissionais do infantil e do fundamental. Com isso, a Prefeitura mantém seu antigo bônus: o Prêmio de Desempenho Educacional (PDE), cujo teto é de R$ 2,4 mil. No ano passado, o secretário Alexandre Schneider disse que o PDE seria substituído pelo bônus baseado no Indique e nas faltas dos docentes já neste ano.
A segunda parcela do PDE foi paga ontem. Os critérios são absenteísmo e ocupação escolar. Neste ano, a pasta "adotou maior rigor em relação às faltas".
Em 2010, o professor só tinha desconto se faltasse acima de quatro dias entre junho e novembro. Em 2011, cada falta contou como um dia durante o ano letivo.

Mais em: http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,prefeitura-desiste-de-novo-bonus-para-docente,829743,0.htm

Projeto isenta estudante de escola pública da taxa de inscrição no vestibular

A Câmara analisa proposta que isenta do pagamento da taxa de inscrição no vestibular de instituições federais o candidato que comprovar ter cursado todo o ensino médio em escola pública ou em escola particular como bolsista integral. Segundo o autor, deputado Weverton Rocha (PDT-MA), o objetivo da proposta (PL 2872/11) é facilitar o acesso de estudantes de baixa renda à educação superior de qualidade.

“Os valores cobrados pelos processos seletivos são variáveis em todo o País, mas o fato é que, para muitas famílias, esse custo adicional pode ser proibitivo”, argumenta Rocha. “Para o Poder Público, no entanto, o ônus de custear diretamente essas seleções é irrisório, sobretudo se comparado ao benefício social que a isenção pode promover.”

Tramitação

A proposta tramita em conjunto com o Projeto de Lei 4212/04, que trata da reforma universitária. Os projetos serão analisados por uma comissão especial e pelo Plenário.
Também aguarda votação na Câmara outra proposta que prevê gratuidade da inscrição no vestibular para alunos que tenham cursado integralmente o ensino médio em escolas públicas. É o Projeto de Lei 5457/09, do Senado, que será votado nas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Mais em: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/208148-PROJETO-ISENTA-ESTUDANTE-DE-ESCOLA-PUBLICA-DA-TAXA-DE-INSCRICAO-NO-VESTIBULAR.html

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

MEC atropela processo e compra tablets

O Ministério da Educação (MEC) abriu uma licitação para a compra de 900 mil tablets sem concluir a análise do impacto que o programa Um Computador por Aluno (UCA), que chegou a 2% das escolas do País, teve sobre o aprendizado. A previsão é de que a avaliação do projeto seja concluída apenas em fevereiro do ano que vem.

Até agora, o MEC distribuiu 150 mil computadores em 386 escolas pelo UCA. O programa começou em 2005, mas só em 2009 os laptops chegaram às escolas.
A avaliação tem três fases: diagnóstico (para revelar o que os alunos já sabiam antes do programa), processo (o que ocorre durante o UCA) e resultados (que mostram o impacto efetivo do projeto). Até agora, apenas o diagnóstico inicial de 52 escolas, que fazem parte do primeiro lote de participantes do UCA, foi concluído. Os outros dois lotes de escolas não serão analisados durante o processo. “A análise começou no começo de 2010”, diz Isabel Cappelletti, da PUC-SP, que é da comissão avaliadora.
A Secretaria de Assuntos Estratégicos encomendou uma avaliação do UCA para a Universidade Federal do Rio de Janeiro, sobre cinco cidades que tiveram todas as escolas atendidas. O texto deve chegar ao MEC neste mês.

Tablets substituem livros em escolas brasileiras

No Centro Educacional Sigma, em Brasília, a lista de material escolar do 1º ano do ensino médio ficou mais curta. Em vez de vários livros, os pais tiveram que comprar apenas um item – um tablet – e pagar mais R$ 1,1 mil pelos aplicativos com o conteúdo didático exigido para todas as disciplinas. A novidade com potencial de revolucionar a interatividade em sala de aula começa a se popularizar no País a partir deste ano, mas ainda esbarra em algumas dificuldades, como a falta de preparo dos professores para o uso da ferramenta e o potencial de dispersão que a internet tem sobre os estudantes.
Em outras instituições em diferentes Estados, embora o equipamento ainda não seja obrigatório passou a ser não apenas aceito, mas estimulado. No Ceará, uma rede dá opção para os alunos: livros ou um tablet. Em São Paulo, um colégio criou um laboratório móvel com 30 equipamentos e outra investe em formação de professores para o uso da tecnologia.

Na instituição no Distrito Federal a substituição dos livros por dispositivos móveis será “testada” em grande escala – por cerca de 1 mil alunos das cinco unidades espalhadas pela cidade.

De acordo com o professor de Física André Frattezi, um dos entusiastas do uso da nova tecnologia, havia uma preocupação da direção da escola além de ganhos de aprendizado. A quantidade de livros carregada pelos alunos diariamente também era motivo de conversas com os professores. Alguns viram no tablet a solução para o problema.
Frattezi conta que, depois de uma procura de material específico para a ferramenta nas editoras brasileiras, os professores perceberam que o desafio de inserir os tablets na sala de aula seria grande. Não encontraram material adaptado para eles no mercado e decidiram produzir o próprio conteúdo.

Música não está nos currículos

As escolas públicas e privadas de Ensino Médio estão obrigadas a incluir aulas de música nos currículos pedagógicos.
Apesar de ser determinada por lei, a norma é descumprida por muitas instituições da Paraíba.
Ontem, o Conselho Nacional de Educação (CNE) divulgou uma resolução recomendando aos colégios que insiram essas aulas na disciplina de Educação Artística e apliquem também conteúdos que abordem as cultura afro-brasileira, indígena e europeia. Os colégios ainda são obrigados a ensinar a língua espanhola.
Apesar da obrigatoriedade, as normas vêm sendo negligenciadas em alguns Estados e municípios, segundo o Ministério da Educação. O caso é considerado preocupante porque as diretrizes curriculares nacionais devem ser obedecidas por todos os colégios de Ensino Médio do país, sejam eles públicos ou privados.
Entre outras medidas, a resolução do Conselho Nacional de Educação recomenda que os colégios adotem até dois tipos de idiomas estrangeiros em sala de aula, mas isso não é obrigatório. Se a escola não tiver condições financeiras, poderá ensinar apenas uma língua de outra nacionalidade, que deverá ser a espanhola, em cumprimento à lei 11.161/2005.
A Lei de Diretrizes Básicas (LDB) ainda determina que o currículo do Ensino Médio contemple quatro áreas de conhecimento: Linguagens (artes, música, português, indígenas e idiomas estrangeiros), Matemática, Ciências da Natureza (física, biologia e química) e Ciências Humanas (Geografia, História, Sociologia e Filosofia).

Unificação curricular é avaliada por profissionais da Educação

O plano do Ministério da Educação (MEC) de elaborar um currículo nacional único para aEducação básica, anunciado pelo Governo, despertou reações por parte de pesquisadores e profissionais da área.

A iniciativa é recebida com cautela, já que o processo pelo qual esse currículo será definido e os mecanismos para torná-lo efetivo causam dúvidas e preocupações. Para os especialistas, um currículo nacional não pode ser "uma camisa de força" para diferentes realidades.
A coordenadora pedagógica do Instituto de Qualidade no Ensino (IQE), Maria Helena Braga, aponta que em muitas experiências de unificação curricular o que se vê não é resultado de consenso, de discussões democráticas, mas a prevalência do que algumas elites, sejam elas econômicas ou intelectuais, consideram ser a referência.
"Um grande exemplo disso verifica-se no ensino da História. A abordagem oficial, até há pouco tempo, eliminava as diferenças culturais, sociais e políticas entre os povos. Ensinava-se, ou ensina-se ainda, a história universal do ponto de vista das sociedades capitalistas europeias, cuja organização seria um ponto de chegada para todas as outras, tidas como "em atraso" no processo de desenvolvimento humano", acrescentou.
O Brasil já possui orientações para uma base curricular comum, mas os especialistas são unânimes ao afirmar que os documentos existentes são genéricos demais, causando uma grande variação nos conteúdos ensinados aos alunos em todo o país.

USP se inspira no MIT e constrói centro avançado de pesquisas

Com previsão de inauguração para março, o Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas (Citi) é a nova "menina dos olhos" da Universidade de São Paulo (USP). O centro faz parte de um grupo de 43 projetos do Programa de Apoio à Pesquisa, selecionados pela universidade para receber um total de R$ 70 milhões. Com as obras em andamento, o prédio, localizado no chamado bolsão da Escola Politécnica da USP, vai se transformando em um espaço moderno que abrigará tecnologias e profissionais de diversas áreas, com um modelo inspirado nas inovações do Massachusetts Institute of Technology (MIT), dos Estados Unidos .
"A Universidade de São Paulo é eminentemente uma universidade de pesquisa, mas faltavam iniciativas para a pesquisa interdisciplinar e para a construção de redes temáticas", explica o coordenador do centro, professor Marcelo Zuffo. Para ele, o Citi foi criado em uma época em que a importância da tecnologia no cotidiano dos brasileiros cresceu muito, sendo vista também como ferramenta de ascensão social.

Aprovação das novas diretrizes é pouco para melhorar o ensino, dizem especialistas

Aprovadas em maio de 2011 pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), as novas diretrizes curriculares para o ensino médio só foram homologadas na semana passada pelo Ministério da Educação (MEC) e publicadas no último dia 31 no Diário Oficial. Elas buscam dar uma direção para o segmento que apresenta os piores resultados nas avaliações educacionais, sofre com a falta de identidade e de motivação dos jovens que não encontram nele o reflexo de suas aspirações. Especialistas ouvidos pelo GLOBO acreditam que a determinação de novas diretrizes é o primeiro passo, mas pode ser pouco para transformar o ensino médio.
O projeto prevê que o currículo deve ser estruturado em quatro eixos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura. As escolas devem abordar todos, mas podem ter um enfoque maior em um dos temas. Está prevista também uma flexibilização curricular, de forma que o estudante tenha autonomia para escolher as disciplinas que deseja estudar. Outra mudança é a possibilidade de o ensino noturno durar mais que três anos, pois neste turno a duração das aulas costuma ser menor. No texto original, estava previsto que, neste caso, 20% da carga horária poderiam ser ofertadas na modalidade de ensino à distância, mas o MEC vetou. Além disso, as diretrizes exigem que as escolas ofereçam obrigatoriamente o ensino de língua espanhola, ainda que seus alunos possam optar por não cursar a matéria.
Para a professora da Faculdade de Educação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Bertha do Valle, há um risco grande das diretrizes ficarem no papel.

Volta às aulas tem problemas em três Estados e em Brasília, noticiam jornais

Quatro jornais publicaram nesta quinta-feira, dia 2, reportagens relatando problemas na volta às aulas da rede pública. Em Goiás e no Mato Grosso do Sul, mães passaram horas na fila e não conseguiram vaga para os filhos. No Rio Grande do Norte, faltam pelo menos 5 mil vagas. Em Brasília, faltam professores e cerca de 85% das escolas precisam de reforma.

O jornal Correio do Estado, do Mato Grosso do Sul, informa que pais e mães de vários bairros de Campo Grande enfrentaram filas de até 12 horas e não conseguiram matricular os filhos nos Centros de Educação Infantil (Ceinfs).
Segundo relata a repórter Lucia Morel, o maior problema é que a quantidade de vagas não cobre a grande demanda. A Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílio (PNAD) de 2009, do IBGE, mostra que Campo Grande tinha 68.293 crianças entre zero e cinco anos. Dessas, apenas 7.107 estavam nos Ceinfs e outros 4.459 na rede privada.
A secretária municipal de Educação, Maria Cecília Amêndola da Mota, admitiu que não há como garantir as vagas para todas as crianças. "Há 20 Ceinfs em construção, mas as vagas que eles vão abrir são somente para o próximo ano. Temos feito investimentos grandes, mas ainda assim não dá conta da demanda", disse. Com os 20 novos centros, serão mais 2,5 mil vagas.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Professor da rede estadual receberá bônus em março

Os mais de 200 mil professores da rede estadual de ensino deverão receber o Bônus da Educação no final de março.
A informação é do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.
Hoje, têm direito ao bônus os funcionários das escolas que melhoram o seu desempenho no Idesp (índice que mede a Educação em SP) entre um ano e outro.
Para receber a grana, é necessário que o funcionário trabalhe em período equivalente a dois terços do ano, sem interrupção.
Para o professor, o bônus é calculado conforme o ciclo de ensino e é reduzido de acordo com o número de faltas.
As únicas faltas permitidas são as licenças por maternidade, paternidade e adoção. Para outros funcionários, é considerada a média geral da escola.

Mais em: http://www.agora.uol.com.br/trabalho/ult10106u1042202.shtml

Cobrança indevida de mensalidades também ocorre no Fies

A cobrança mais cara de mensalidades para bolsistas do Programa Universidade para Todos (Prouni) revelada pelo iG como prática comum entre instituições se repete em outro programa do governo federal. Há faculdades parceiras do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) que também burlam as regras e tiram direitos garantidos em lei aos participantes do projeto. De forma sutil, e muitas vezes sem explicação clara, essas instituições dão diferentes descontos – seja por pagamento até determinada data ou por promoções sem justificativa – aos estudantes “comuns” e aos beneficiários do financiamento estudantil. No entanto, os descontos coletivos dados à grande maioria geralmente não são aplicados aos que financiam o curso.

Na Faculdade de Medicina Nova Esperança (Famene), na Paraíba, o desconto coletivo de 10% só é dado no primeiro contrato do estudante com o Fies. Na renovação, ele não é mais concedido. O abatimento de 5% sobre o valor de R$ 4.530,01 pago até o dia 5 de cada mês por quem cursa Medicina também não é dado a quem financia 100% das mensalidades.
Um ex-aluno da faculdade enviou ao iG as páginas do primeiro contrato feito com o Fies e as do aditamento. No segundo, não há mais desconto. Ele financiava todo o curso na instituição. Na secretaria da Famene, a atendente informou ao iG que os alunos que financiam metade do curso só recebem o desconto por pagamento antecipado, já que o fazem na instituição.
O estudante que procurou o iG pediu para não ser identificado porque teme que o processo de transferência do financiamento da Famene para outra instituição de Campina Grande seja prejudicado. Ele tenta a liberação há quase um ano, mas ainda não conseguiu. Pela legislação, os alunos podem pedir transferência.

MEC obrigará faculdades a divulgarem descontos em murais e sites

Após uma equipe do Ministério da Educação ter encontrado indícios de irregularidades denunciados pelo iG na instituição baiana Facet, o ministro Aloizio Mercadante decidiu lançar uma portaria para evitar desvios no Programa Universidade Para Todos (Prouni) e no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).
A portaria normativa do MEC vai exigir que todas as instituições que participam do programa de bolsas e finaciamento estudantil divulguem amplamente todas as políticas de desconto, os valores de mensalidades e os programas de benefícios coletivos de cada curso e em cada turno. As políticas devem ser expostas no mural das faculdades e nos seus respectivos sites, para que todos tenham acesso a essas informações. As leis que regem o Prouni e Fies também devem ter publicidade, juntamente com o número do MEC para denúncias (0800 616161).

Segundo o ministério, todos os descontos coletivos oferecidos pelas faculdades devem ser válidos também para os alunos beneficiados pelo Prouni e o Fies. No entanto, conforme o iG mostrou, a prática de cobrar mais por bolsas do Prouni é comum em diversas instituições.

Servidores criticam nome de petista para comando do Inep

Cotado para assumir o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o secretário de educação superior do Ministério da Educação (MEC), Luiz Cláudio Costa, enfrenta resistência no órgão. Na segunda-feira, ele se reuniu com a atual presidente, Malvina Tuttman, para discutir a transição, apesar de o MEC não confirmar sua ida para o órgão e dizer que o martelo ainda não foi batido.
Filiado ao PT e homem de confiança do ex-ministro Fernando Haddad, Costa é alvo de críticas por parte de servidores do Inep, que encaram a troca de comando como uma questão política: sai uma educadora de perfil técnico, entra um petista especializado em engenharia agrícola.
O cargo de presidente do Inep é um dos mais vulneráveis de Brasília: esta é a quarta mudança pelo quarto ano consecutivo. Malvina é vista no Inep como uma presidente que lutou a favor do instituto e cobrou o consórcio Cespe/Cesgranrio quanto à aplicação do Enem. Malvina não presidia o Inep em outubro de 2010, quando questões do pré-teste vazaram de um colégio de Fortaleza. Tem mestrado e doutorado na área de educação, com destaque para as áreas de planejamento e avaliação educacional.

Homofobia é tabu em sala de aula

Atos de homofobia por discriminação ou violência são uma realidade em salas de aula, o que reforça a importância de debates sobre a diversidade sexual nas escolas. O problema é que muitas vezes faltam capacitação e preparo para o profissional de educação lidar com um assunto que já não é novidade, mas que para muitos continua um tabu.A dificuldade de discutir a violência contra homossexuais em instituições de ensino foi objeto de estudo da tese de doutorado “O silêncio está gritando: a homofobia no ambiente escolar”, defendida recentemente pelo presidente da Associação Brasileira de Lés­­bicas, Gays, Travestis e Tran­se­xuais (ABGLT), Toni Reis, na Uni­versidad de la Empresa de Mon­tevidéu, no Uruguai. Reis fez uma pesquisa qualitativa em quatro escolas de Curitiba que mostrou que há homofobia no sistema de ensino.
O acompanhamento de discussões em grupos de estudantes e professores e entrevistas com responsáveis pelas escolas levaram à conclusão de que há políticas públicas para lidar com a questão, mas elas não são colocadas em prática. “Falta formação e falta discussão sobre o tema. Os professores não têm uma educação continuada e se sentem inseguros para lidar com a situação”, conta Reis.
Professora do Núcleo de Edu­ca­­ção da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Araci Asinelli da Luz considera que as escolas não têm trabalhado a sexualidade. “O que a escola faz é trazer a questão somente quando o problema aparece e mostra como ela não sabe lidar com o problema.” Para ela, há ausência de políticas públicas claras para as salas de aula. “O desconhecimento é uma maneira das pessoas lidarem com a questão. Não ver ou não querer ver resolve o problema porque ele vai embora”, afirma.

MEC publica resolução com diretrizes curriculares para o ensino médio

O Ministério da Educação publicou, na edição desta terça-feira (31) do "Diário Oficial da União", a resolução que define as diretrizes curriculares para o ensino médio nas escolas públicas e particulares. A resolução do Conselho Nacional de Educação (CNE) conclui um processo de discussão sobre a nova realidade dos estudantes de nível médio no país, e foi homologada pelo então ministro da Educação Fernando Haddad em seu último dia no cargo, na segunda-feira (23).
O texto, que substitui diretrizes em vigor desde 1998, contém 23 artigos relacionados à organização curricular, às formas de oferta de ensino, ao projeto político-pedagógico das escolas e aos sistemas de ensino.
A resolução havia sido aprovada em maio pelo CNE e enviada ao ministro para homologação. Porém, entidades da sociedade civil pediram a revisão de um dos dispostivos, que permitia que até 20% da carga horária fosse cumprida à distância sem a presença obrigatória de professores.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Em nova decisão, SP é obrigado a mudar jornada dos professores

Em nova decisão, tomada nesta terça-feira, a Justiça ordenou que o governo de São Paulo deve seguir o pedido da Apeoesp (sindicato dos professores) e ampliar a jornada extraclasse dos docentes da educação básica.

A decisão de hoje, da 3ª Vara da Fazenda Pública, foi referente ao mérito da ação, à qual cabe recurso. Até ontem (30), a Justiça vinha analisando os pedidos liminares (provisórios).
Assim, o governo vai ter de transferir o equivalente a sete aulas semanais para o período extraclasse dos professores (com jornada semanal de 40 horas) --tempo em que ele pode, por exemplo, preparar atividades e corrigir provas.
Como tinha a decisão provisória favorável, o governo definiu a jornada dos professores transferindo apenas uma aula semanal. O ano letivo começa nesta quarta-feira (1º).
No processo, o governo afirmava ser inviável seguir o pedido do Apeoesp, pois seria necessário contratar mais de 50 mil professores, numa rede que possui hoje cerca de 210 mil.
A discordância nas contas do governo e do sindicato ocorre devido à diferença entre a quantidade de horas pagas e a de horas em sala.
Na rede estadual, a aula dura 50 minutos (período diurno), mas o docente recebe por 60 minutos.
Para o governo, a diferença de dez minutos em cada aula deve ser contada como jornada extraclasse, o que é refutado pelos sindicatos.
O Estado foi obrigado a alterar a jornada docente devido à lei federal que obriga que 33% do tempo seja destinado a atividades extraclasse.
A Secretaria da Educação informou que "não foi notificada sobre nenhuma decisão" e confirmou que o ano letivo terá início amanhã, "conforme previsto".

Mais em: http://www1.folha.uol.com.br/saber/1042015-em-nova-decisao-sp-e-obrigado-a-mudar-jornada-dos-professores.shtml

Cresce frequência escolar de beneficiados com Bolsa Família

A frequência escolar de crianças e adolescentes beneficiados pelo Programa Bolsa Família cresceu em 2011, com média de 86,3%. O resultado representa a melhor média desde o início do programa, em 2003.

Do total de 17,2 milhões de crianças e adolescentes de famílias cadastradas no Bolsa Família, 14,9 milhões frequentaram a escola no último bimestre escolar, o que representa 86,6% do público acompanhado. Entre a faixa etária de 6 anos a 15 anos, o percentual foi 88,1%, e entre os jovens de 16 e 17 anos, a média de frequência escolar foi 75,9%.
O Estado do Rio Grande do Norte, com 92,9% de frequência, é o que apresenta o melhor desempenho nos meses de outubro e novembro. Em seguida aparecem o Rio Grande do Sul (90,78%) e São Paulo (90,36%). O estado com índice mais baixo foi o Amapá, com 69,49%.
A base de dados com frequência escolar bimestral é atualizada por gestores e operadores do Bolsa Família. Para as famílias continuarem a receber o benefício, estudantes entre 6 anos e 15 anos precisam frequentara pelo menos 85% das aulas. Para adolescentes de 16 anos a 17 anos, a frequência exigida é 75%.

Mais em: http://noticias.terra.com.br/educacao/noticias/0,,OI5587673-EI8266,00.html

Projeto proíbe escolas de cobrar taxa de matrícula antecipada

A Câmara analisa o Projeto de Lei 2959/11, do deputado Andre Moura (PSC-SE), que proíbe as escolas de cobrar taxa de reserva ou de matrícula antecipadamente à prestação dos serviços educacionais, para garantir a vaga do aluno no ano letivo seguinte.

“O Procon do Rio alerta que a taxa de matrícula deve estar incluída na anuidade e que seu pagamento antecipado deverá ser abatido das mensalidades subsequentes. Na prática, além da cobrança da taxa de matrícula de forma antecipada, a mesma é cobrada como uma sétima mensalidade, no caso de cursos semestrais, ou 13ª mensalidade, no caso de cursos anuais”, afirma Moura.
Segundo a Lei 9.870/99, o valor da semestralidade ou da anuidade deve ser dividido em 6 ou 12 parcelas, respectivamente, sendo a taxa de matrícula já inclusa. A lei permite a apresentação de planos de pagamento alternativos, desde que não excedam ao valor total anual ou semestral.

Tramitação

A proposta será analisada pelas comissões técnicas da Câmara.

Mais em: http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/EDUCACAO-E-CULTURA/208122-PROJETO-PROIBE-ESCOLAS-DE-COBRAR-TAXA-DE-MATRICULA-ANTECIPADA.html

Mensalidades de cursinhos e escolas sobem mais do que a inflação

Em todo o Brasil, as aulas mal começaram e os pais já levaram um susto. É a filha fazendo esforço na piscina, e o pai suando para pagar a mensalidade. “A gente tenta fazer dentro daquilo que nosso orçamento permite”, comenta o policial militar Rodrigo Ribeiro.

É um sufoco quando a conta vem em dobro, diz a tia das gêmeas Melissa e Maria Luiza. “Elas sempre querem mais, por exemplo balé e inglês. Haja dinheiro”, diz a dona de casa Arlete Godói.
O diagnóstico do IBGE indica que essa dor no bolso pode estar sendo provocada por um fator positivo: o crescimento da economia. O problema é o efeito colateral. Os reajustes raramente ficam abaixo da inflação.
“A renda vem crescendo acima da média. Então, há uma apreensão de se pagar mais pelos profissionais contratados nesta área. O próprio salário-mínimo, que é o piso salarial, vem crescendo acima da média. Isso acaba empurrando os custos de salário”, explica o analista do IBGE, Antônio Braz de Oliveira.
A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 6,5%, índice bem menor que o reajuste médio aplicado pelas escolas de informática, pelos cursinhos de idiomas e pelas escolinhas de natação das principais capitais do país. “Com as coisas subindo, salário-mínimo e tudo, nós temos de repassar esse aumento também da inflação”, afirma Helder Ferreira Sobrinho, coordenador de uma escola.
Os filhos da fotógrafa Helen Denis Oliveira estão na aula de inglês. Cada um aprende um tipo de esporte. A sorte é que, nessa família, o poder de negociação é grande. “Fui negociar um desconto. Falei que os outros dois têm de fazer também, e eles falam: ‘Claro, vamos dar um desconto’. Não vai querer perder três?”, conta.

Mais em: http://g1.globo.com/bom-dia-brasil/noticia/2012/01/mensalidades-de-cursinhos-e-escolas-sobem-mais-do-que-inflacao.html

Currículo do ensino médio carece de flexibilidade

Um estereótipo popularmente difundido entre as pessoas mostra que muitos estudantes do ensino médio têm pesadelos com suas aulas de Matemática. Porém, um recente estudo da Faculdade de Educação (FE) da USP tenta mostrar que isso não é exatamente culpa dos alunos, mas sim do sistema de ensino brasileiro. “A baixa carga horária, classes lotadas, professores despreparados, uma infinidade de disciplinas e a rigidez de currículo, que considera estudantes com muito potencial e alunos pouco interessados num assunto como iguais, faz com que reações assim aconteçam”, explica o professor de Matemática José Carlos Oliveira Costa, autor da pesquisa. Segundo ele, “uma boa educação é aquela que se ajusta à pessoa que deveria poder optar por aprofundar seus estudos, já no ensino médio, em suas áreas de interesses futuros.”

SP ganha recurso e nova carga horária de professores está valendo

A mudança de carga horária para professores proposta pela Secretaria de Educação para atender a Lei do Piso Nacional está valendo. O sindicato dos professores havia conseguido uma liminar contra a alteração que, na prática, diminui muito pouco o tempo em aula, mas o governo conseguiu um recurso em segunda instância na manhã desta segunda-feira. Pela Lei Nacional do Piso, em vigor desde 2008 e julgada como legítima pelo Supremo Tribunal Federal no ano passado, todo professor deve ter ao menos um terço de sua carga horária remunerada reservada para trabalho extraclasse, como a formação e o preparo de aulas.

Até o ano passado, São Paulo previa apenas 17% de tempo sem aulas, mas o governo anunciou a revogação de uma lei que fez o tempo obrigatório do professor aumentar apenas derrubando uma visão anterior que igualava aulas de 50 minutos a uma hora. Com os 10 minutos que sobravam em cada aula e apenas uma aula a menos por semana em uma carga horária de 40 horas semanais, o porcentual subiu para 33% e a Lei passou a ser atendida.

Professores cogitam greve para cobrar hora-atividade

Professores da educação básica que atuam na rede pública ainda não dispõem integralmente dos direitos estabelecidos pela Lei Nacional do Piso do Magistério, N.º 11.738 de 2008. Apontada como um dos elementos para a melhoria da qualidade de ensino, a lei fixou um piso salarial para a categoria e determinou que 33% da jornada de trabalho dos professores seja exercida extraclasse, para capacitação e preparo das aulas. Três anos depois, municípios reconhecem a importância das medidas, mas alegam não ter condições de cumpri-las totalmente de imediato. Enquanto isso, professores propõem uma paralisação nacional.
A presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), Cleusa Ro­­drigues Repulho, aponta que os efeitos da lei do piso não serão sentidos neste ano letivo. Segundo ela, o ano de 2012 será de organização, com o levantamento de quantos profissionais precisarão ser contratados e os impactos financeiros e negociação junto aos sindicatos. “Nenhuma rede consegue implantar [a lei] de uma hora para a outra.” Ela também aponta o fato de esse ser um ano eleitoral, o que impede a contratação de funcionários para o serviço público a partir de 7 de julho.
A percepção de Cleusa é de que muitos municípios já cumprem o piso salarial, fixado em R$ 1.187, e que o maior desafio está na ampliação da jornada extraclasse. A afirmação vem ao encontro de uma pesquisa feita por várias instituições sobre os impactos da lei do piso. A professora do Setor de Educação da Universidade Federal do Paraná Andréa Barbosa Gou­veia, que participa do estudo, explica que dez estados e as respectivas capitais foram analisados, em 2010. Observou-se que muitos já atingiram o valor do piso e ou­­tros estão bem próximos disso, mas nenhum destina 33% para atividades extraclasse. Foram pesquisados os estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima, Piauí, Pará e Rio Grande do Norte.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

MEC erra ao fazer balanço do número de alfabetizados

Um balanço das ações do Ministério da Educação sobre alfabetização, divulgado em um livreto distribuído na despedida do ex-ministro Fernando Haddad, contém um erro grave, já admitido pela pasta, revela a edição de sábado do jornal O Globo.

A publicação "PDE em 10 capítulos - ações que estão mudando a história da educação brasileira" diz que a pasta alfabetizou 13 milhões de jovens e adultos desde 2003. No entanto, segundo o censo do IBGE, de 2000 a 2010, a redução do número de analfabetos foi de 2,3 milhões - o Brasil ainda tem 13,9 milhões de pessoas que não sabem ler nem escrever.
Procurado pelo repórter Demétrio Weber, o assessor de imprensa do MEC, Nunzio Briguglio, assumiu o erro como falha pontual. Ele disse que o nome do ex-ministro não é citado nas 69 páginas do balanço e informou que o material será colocado na internet corrigido.
O jornal diz que o MEC não soube informar quantas pessoas aprenderam a ler e escrever no Brasil Alfabetizado, desde 2003.
Segundo O Globo, o livreto reproduz texto de uma outra publicação do ministério, de setembro de 2011, mas com redação diferente. Na versão do ano passado, o texto falava em 13 milhões de jovens, adultos e idosos "beneficiados" pelo programa Brasil Alfabetizado - o houve matrícula, mas não significa que aprenderam a ler e escrever. No novo texto, consta que todos foram "alfabetizados".

Escolas infantis investem na adaptação do aluno

Início de ano letivo significa, além de novos horários, hábitos e gastos, choro na porta das escolas – especialmente naquelas que cuidam de crianças pequenas. No intuito de amenizar o impacto da separação dos pais de primeira viagem e dos filhos que acabam de ingressar na educação infantil, escolas particulares procuram adaptar gradativamente os novos alunos e oferecem até psicopedagogas para auxiliar as famílias.

Segundo especialistas, o medo, a tensão e a ansiedade que rondam os primeiros dias de aula podem ser passados dos pais, nervosos com a situação, para as crianças, já assustadas com as novidades. Para evitar que o processo se torne ainda mais traumático e culmine em gritos e lágrimas, o ideal é que as famílias sintam o máximo de confiança possível na escola escolhida.
“Os pais ficam muito preocupados em como vão ser esses primeiros dias desde a hora de fazer a matrícula”, afirma Cristina Marcondes, orientadora educacional da educação infantil da Escola Stance Dual. “Por isso, antes de começar as aulas, fazemos uma reunião específica para essas famílias, onde abordamos os modos com que lidamos com mamadeira, chupeta e fralda, por exemplo, além de apresentarmos os professores e explicarmos como adaptamos os alunos.”
Outra forma que as pré-escolas encontram para acalmar os pais mais inseguros é fazer entrevistas com eles, onde uma ficha com todos os dados da criança é preenchida. Detalhes como se a mãe teve problemas no parto e se o filho tem restrições alimentares, alergias e medicações fixas são destacados.
“A escola perguntou coisas da rotina da criança, o que achei bem interessante. Por exemplo, perguntaram se, quando minha filha acorda, ela fica tranquila ou assustada”, diz a advogada Patrícia de Sá Pinto, de 28 anos, mãe de Beatriz, de 2, que acaba de se matricular na pré-escola do Colégio Renovação. “Essas coisas deixam a gente mais tranquila, porque mostra que eles estão atentos às peculiaridades de cada criança.”

Volta às aulas: a vez da terceira idade

Se antigamente eram os jovens que se preparavam para a volta às aulas em fevereiro, hoje a história é outra. Os idosos têm cada vez mais interesse, tempo e disposição para se engajar em cursos e atividades culturais. Em São Paulo, o mês vai começar cheio de novas opções, pagas e gratuitas, para eles (conheça algumas abaixo). Neste ano, tem faculdade criando até núcleo específico de cursos para esse público.
Há currículos tanto de atividades específicas para essa faixa etária como também a possibilidade de frequentar aulas junto com os alunos regulares nas melhores universidades da capital. “Hoje, existe a perspectiva da educação ao longo da vida. Tempos atrás, a vida era compartimentada: a infância e a adolescência eram as épocas de se aprender e a velhice, de se aposentar”, diz a professora Meire Cachioni, do curso de Gerontologia da Universidade de São Paulo (USP).

Meire foi uma das responsáveis pela implantação do programa Universidade Aberta à Terceira Idade (UnATI) na USP Leste, em 2006. Se, naquele ano, foram registradas 60 matrículas, hoje a unidade oferece mais de 500 vagas para idosos a cada semestre. No campus Butantã, a iniciativa existe desde 1993. Outras instituições públicas, como a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), já abriram as portas para os mais experientes.

MEC quer tablets nas escolas, mas programa anterior que entregou laptops chegou a menos de 2% dos alunos

Quando o computador começou a chegar nas escolas, no final da década de 1980, ficava restrito às atividades administrativas. O equipamento começou a ser inserido no cotidiano dos alunos por meio dos antigos laboratórios de informática, ainda sem acesso à internet. Hoje, em plena era digital, a promessa é que, em pouco tempo, os tablets estejam nas mãos dos alunos disputando espaço com o quadro negro, livros e cadernos. Para isso, o MEC (Ministério da Educação) vai lançar este ano um edital para que as redes de ensino possam adquirir o equipamento a custo mais baixo, como fez com os laptops do programa UCA (Um Computador por Aluno).

“Estamos definindo as características do aparelho, vai depender muito inclusive do custo. Não soltamos ainda o edital porque precisa ter uma definição clara dos pré-requisitos do equipamento. Tem que ter acessibilidade, ser resistente e rodar qualquer conteúdo”, explica Sérgio Gotti, diretor de Formulação de Conteúdos Educacionais da Secretaria de Educação Básica do MEC.

Uso de tecnologia em escolas depende menos de plataforma e mais de conteúdo disponível, defendem especialistas

Depois de prefeituras e governos estaduais receberem ou adquirirem cerca de 574 mil laptops por meio do Programa UCA (Um Computador por Aluno), o MEC (Ministério da Educação) acena com a possibilidade de inserir os tablets nas salas de aulas das escolas públicas brasileiras. Especialistas concordam que o sucesso do uso das tecnologias em educação não depende apenas da plataforma utilizada, mas sim da forma como a escola irá inserir essas ferramentas no aprendizado e também dos conteúdos digitais disponíveis.

A diretora da Fundação Pensamento Digital, Marta Voeclker, aponta que a escola pode “mudar de paradigma” a partir da tecnologia. Ela ressalta que o uso das máquinas – seja um computador, laptop ou tablet – pode transformar a lógica do aprendizado. Alunos deixam de ser meros “recebedores” de conteúdo e podem evoluir para autores. “A tecnologia nos ajuda a sair de uma educação por instrução e memorização para uma educação de construção e colaboração. Uma tecnologia que a criança use a imagem, escreva e formalize ali seu entendimento. Se tenta mudar a escola há 100 anos e a tecnologia vem ajudar nisso”, explica.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Malvina Tuttman deixa presidência do Inep; é a terceira a ocupar cargo em três anos

 A presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), Malvina Tuttman, deixou o cargo nesta quinta-feira (26), após reunião com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante. É o terceiro chefe da autarquia que deixa o cargo em três anos.
Em nota divulgada no site do instituto, Malvina afirma que viveu “intensamente o Inep”. “Saio fisicamente desse importante Instituto, mas me sentirei sempre presente em cada sonho realizado e em cada ação desenvolvida pelos servidores do Inep. Para avançar na educação, o Brasil precisa de um Inep forte e o Instituto está pronto para cumprir este desafio."
Segundo a assessoria de imprensa do Inep, a saída foi definida de "comum acordo" entre Mercadante e Malvina.

Terceira em três anos

Ela, que era reitora da Unirio (Universidade Federal do Rio de Janeiro), assumiu o cargo em janeiro de 2011, no lugar de Joaquim José Soares Neto -que, por sua vez, recebeu a presidência do Inep no lugar de Reynaldo Fernandes. Este último foi o responsável pela aplicação do primeiro Enem como método de seleção.
O Inep é o órgão responsável pelo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), pelo Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e outras avaliações aplicadas na educação brasileira.

Mais em: http://www.clipping.ueg.br/noticia/9398

Menos da metade das vagas do Sisu foram preenchidas na 1ª chamada

Das 108.552 vagas anunciadas pelo Sistema de Seleção Unificada (Sisu), apenas 43,6% foram preenchidas durante o período de matrícula da primeira chamada, realizado nos dias 19 e 20.
Divulgada pelo Ministério da Educação na madrugada desta quinta-feira (26), a segunda chamada convocou 62.285 candidatos para tentar ocupar as vagas remanescentes, o que indica que 46.267 candidatos fizeram a matrícula na semana passada.
Segundo a assessoria de imprensa do MEC, a baixa porcentagem de matrículas em relação à oferta de vagas é "normal". No ano passado, quase 45% das 83 mil vagas oferecidas não foram preenchidas na primeira chamada. Segundo o MEC, a taxa de preenchimento das vagas ao final de todo o processo foi de 97%.
De acordo com o ministério, a primeira chamada convoca os melhores candidatos, que também foram aprovados em outros instituições. Já a segunda chamada inclui estudantes que estão contando mais com a aprovação no Sisu.
Ela foi feita entre os candidatos que não foram chamados em nenhuma das duas opções de cursos para os quais se inscreveram, e entre quem passou na segunda opção, mas ainda concorria à primeira, mesmo tendo feito matrícula na semana passada.

Mais em:  http://g1.globo.com/vestibular-e-educacao/noticia/2012/01/menos-da-metade-das-vagas-do-sisu-foram-preenchidas-na-1-chamada.html

Alemanha tem mais universidades de artes que qualquer outro país

"O artista é alguém que faz coisas, das quais ninguém precisa. Mas ele pensa, por alguma razão, que seria bom oferecer essas coisas às pessoas". O popularíssimo Andy Warhol, que dominava melhor que ninguém a arte de vender o que fazia, sabia o que estava dizendo. Quem se candidata a uma vaga em uma escola superior de artes na Alemanha tem também que ter uma boa dose de persistência. Quem quer mesmo entrar ali precisa provar que tem talento. Uma tarefa nem um pouco fácil.
Aproximadamente 700 candidatos se inscrevem a cada ano para uma vaga na Academia de Belas-artes de Düsseldorf, provavelmente uma das instituições de ensino mais cobiçadas na Alemanha para quem quer estudar artes. Anualmente, só são aceitos em torno de 100 estudantes, às vezes um pouquinho mais, às vezes menos.
Quando Joseph Beuys, ícone da arte alemã do pós-guerra, tentou mudar isso, no ano de 1972, ele foi demitido sumariamente, depois de ter lecionado durante 11 anos na Academia. Beuys considerava toda pessoa um artista. Por isso, dizia ele, qualquer um deveria poder participar de suas aulas, inclusive os rejeitados pela escola. Em seus áureos tempos, ele chegou a amontoar 400 alunos em sala de aula, entre estes personalidades que se tornariam conhecidas no cenário das artes, como Jörg Immendorff, Blinky Palermo ou Katharina Sieverding.
Belas-artes de Düsseldorf se tornaram famosos em todo o mundo, como é o caso de Gerhard Richter, por exemplo. Ou de Bernd e Hilla Becher, que, com seus olhares peculiares, criaram o que se tranformou em uma vertente fotográfica: a "Escola dos Becher".
Thomas Struth, Thomas Ruff e Andreas Gursky, conhecidos nos EUA como os "Struffkys", são outros artistas de renome internacional que estudaram na Academia de Düsseldorf. Alguns dos ex-alunos famosos retornaram inclusive à instituição na condição de professores.
O primeiro obstáculo a ser vencido é a prova de admissão, que geralmente exige do candidato muita criatividade e autonomia. É preciso apresentar um portfólio com 20 a 25 obras originais, embora não haja determinação de uma temática ou técnica específica no que diz respeito aos trabalhos. Com estes trabalhos em mãos, uma comissão decide se o candidato dispõe ou não de "um talento especial para a arte". Este é o pré-requisito para conseguir uma vaga.

Mais em: http://www.clipping.ueg.br/noticia/9397

Chile: regime de Pinochet volta a ser denominado "ditadura"

O Conselho Nacional de Educação do Chile (CNED) resgatou o termo "ditadura" para designar o governo de Augusto Pinochet (1973-1990) em textos escolares para crianças de 6 a 12 anos, depois de uma polêmica proposta do governo para trocá-lo pela palavra "regime". Em sessão celebrada na quinta-feira, o CNED aprovou por seis votos a favor e uma abstenção a reincorporação do termo "ditadura", que havia sido substituído em uma sessão anterior da entidade por decisão do governo.
O ministro da Educação, Harald Beyer, argumentou na ocasião que a palavra "regime" representava um conceito "mais geral". A proposta, enviada em meados de 2011 e aprovada em dezembro pelo CNED, causou grande revolta no Chile e o repúdio de instituições de direitos humanos, congressistas da oposição e inclusive de alguns governistas.

Educadores veem propostas de Mercadante com ressalvas

O novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, assumiu a pasta na tarde desta terça-feira, dia 24, após substituir Fernando Haddad, que vai disputar a eleição da Prefeitura de São Paulo. Em seu pronunciamento oficial - que contou com a presença da presidente da República, Dilma Rousseff, e do ex-presidente Lula - Mercadante citou algumas iniciativas que colocará à frente do Ministério da Educação.
Entre os pontos, está a criação de uma residência dos licenciandos ao magistério, nos moldes de como é feito na área da Medicina. "Para melhorar o acompanhamento pedagógico, será necessário aproveitar o potencial dos estudantes de licenciatura que estão se aperfeiçoando e fazê-los realizar, sempre orientados por professores experientes, estágios nas escolas públicas, principalmente no que diz respeito ao aprendizado de Português e Matemática", declarou o ministro.

Universidade do RS se desculpa por vazar dados de 23 mil alunos

Um arquivo contendo dados pessoais de alunos da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) foi enviado por e-mail a estudantes da instituição gaúcha na tarde da última segunda-feira (23). A mensagem deveria apenas comunicar oportunidades de estágio a alunos do curso de arquitetura, mas o responsável pelo envio anexou o documento por engano, diz a Unisinos.
O G1 apurou que a lista contém 23.335 nomes, endereço, CPF, RG, números de telefone, dados de matrícula, data de nascimento, endereço de e-mail, curso e a forma de ingresso na instituição. A mensagem foi enviada a 800 alunos.
“A Unisinos lamenta a situação que resultou no vazamento, por meio eletrônico, de informações de parte de seus alunos para um grupo de estudantes do curso de Arquitetura”, afirma o comunicado oficial da instituição. Alunos podem esclarecer dúvidas pelo telefone (51) 3591-1122, ramais 4105 e 4111. Segundo a universidade, o funcionário que enviou o e-mail foi demitido.
Relatos sobre o vazamento começaram a circular no Twitter e no Facebook, onde alunos da universidade se mostraram indignados com o vazamento. “Lamentações não resolverão nossos problemas”, afirmou uma aluna em resposta ao comunicado publicado pela Unisinos na rede social. Foi criado no Facebook um perfil chamado "Os 23 mil divulgados da Unisinos", onde é discutida uma ação coletiva na Justiça contra a instituição. Na rede social o grupo divulgou o número das matrículas de quem foi exposto pela lista.

MEC prepara projeto para reestruturar educação no campo

O novo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, deverá apresentar nas próximas semanas seu primeiro programa. O Pronacampo, preparado ainda durante a gestão de Fernando Haddad, pretende combater um dos gargalos da educação: dar mais atenção à educação rural, uma modalidade de ensino que abriga quase 6,5 milhões de estudantes, mas tem as piores escolas, professores e indicadores. Pelo menos mil municípios, com índices de pobreza aguda, receberão um grupo de ações para reverter o abandono.
O projeto, que foi apresentado à presidente Dilma Rousseff durante as reuniões ministeriais da semana passada, inclui desde a construção de novas escolas até a formação dos professores. A lista dos municípios que serão beneficiados ainda não está fechada, mas se concentrará nas regiões Norte e Nordeste.

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