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sábado, 4 de fevereiro de 2012

Tempo de escolaridade sobe 31,4%

Maria das Graças Castro, 40 anos, é professora da rede municipal há 14 anos e diz não ter grandes dificuldades para alfabetizar as crianças. Ela ensina na localidade de Buritizal, município de Cascavel, e acredita “na metodologia de cada profissional, que está desenvolvendo o seu trabalho”.

E o otimismo de Maria das Graças é reforçado por dados da pesquisa “Situação Social nos Estados”, divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que aponta crescimento no tempo de escolaridade no Ceará de 31,4%, número que passou a ser maior que o do Nordeste.
A taxa de analfabetismo, por sua vez, caiu 25% no período de 2001 até 2009. Dado que é comemorado com ressalvas pelo professor da Faculdade de Educação (Faced) da Universidade Federal do Ceará (UFC) e ex-secretário de Educação e Assistência Social de Fortaleza, Idevaldo da Silva Bodião.
“Em números absolutos temos menos analfabetos, embora ainda tenhamos muitos analfabetos e a maioria esteja entre a população rural. Melhorou para todo mundo e estamos em uma posição melhor que antes”, afirma.
Idevaldo Bodião completa: “As nossas colocações (do Ceará) em recortes de educação, pelo menos nos últimos dez anos, quase sempre estão na média do Nordeste e em alguns casos ficamos acima da média”.


Dificuldades

Entretanto, para a professora Maria das Graças, que passa dois turnos com crianças de seis e sete anos, a falta de acompanhamento dos pais ainda é o principal ponto negativo. “A maioria deles não sabe ler e escrever e as classes sociais são baixas. Às vezes, não podem oferecer uma boa alimentação para os filhos. Isso desfavorece a aprendizagem do aluno e causa um baixo rendimento”, explica.
Apesar dos avanços, o professor Idevaldo Bodião diz que as estatísticas poderiam ser melhores. “Os números são constrangedores e justificam a primeira medida do novo ministro da Educação”, diz. Ele se refere ao programa que pretende alavancar ações de incentivo à educação no meio rural.

Alfabetização

No Ceará, a quantia de analfabetos continua similar à média nordestina, mas inferior à nacional. No ano de 2001, 24,8% dos cearenses não sabiam ler, contra 24,2% dos nordestinos e 12,4% dos brasileiros.
Já em 2009, esse índice de desvantagem permaneceu: Os analfabetos compunham 18,6% da população do Ceará, enquanto, no Nordeste e no Brasil, eles representavam 18,7% e 9,7% das pessoas, respectivamente.
Para o professor titular da Faced-UFC Jacques Thérrien o problema não é dar diplomas ou formação para os alunos, mas “desenvolver a capacidade real de leitura, escrita e compreensão da língua”.
Ele afirma que no contexto urbano existem mais oportunidades. Entretanto, no meio rural falta envolvimento e incentivo para que as pessoas continuem estudando. “Não basta apenas dar um curso. É preciso continuar desenvolvendo as habilidades posteriormente”, diz.

ENTENDA A NOTÍCIA

Pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) diz que tempo de escolaridade no Ceará cresceu 31,4%. Índice de analfabetismo caiu, mas a área rural ainda é desfavorecida em vários quesitos.
BRASIL
Em linhas gerais, a pesquisa detectou 9,7% como taxa de analfabetismo, em pessoas de 15 anos ou mais, no período de 2001 até 2009.
NORDESTE
Os estados nordestino, por sua vez, ultrapassam a média nacional em pouco mais que o dobro. Foram encontrados 18,7% de analfabetos no conjunto de nove estados da Região.
CEARÁ
O Estado fica próximo da taxa de analfabetos nordestinos. Com 18,56% detectados em pessoas de 15 anos ou mais, em linhas gerais, pela pesquisa do Ipea.

NÚMEROS

25%
Analfabetismo
No período de 2001 a 2009, o número de analfabetos caiu 25% no Ceará. Este número foi avaliado entre pessoas de 15 anos ou mais.

32%
Zona rural
A concentração de analfabetos no Estado do Ceará se concentra no campo.

4%
Eletricidade
O Ceará encontra-se em melhor situação do queo Nordeste, atingindo, em 2009, a média brasileira. Entretanto, na área rural do Estado, 4% da população ainda está no escuro.

Mais em: http://www.opovo.com.br/app/opovo/economia/2012/02/02/noticiasjornaleconomia,2777094/tempo-de-escolaridade-sobe-31-4.shtml

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