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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Contratação de pessoal é ponto frágil da expansão da rede de universidades federais

A expansão de vagas nas universidades federais precisa vir atrealada à previsão de concursos de servidores -- tanto professores quanto os funcionários. Essa é a opinião tanto da Andifes, que representa os reitores dessas instituições, quanto da Fasubra, que reúne os sindicatos dos servidores técnicos. A presidente Dilma Rousseff anunciou a criação de mais quatro universidades federais na terça-feira (16).

"Somos favorávies à expansão de vagas, mas que venha articulada com infraestrutura e concursos", disse Leia de Souza Oliveira. "Ainda existe um déficit muito grande [de funcionários". Segundo Leia, persiste uma política de terceirização de áreas consideradas estratégicas como segurança, informática e atividades administrativas. "Faltam, pelo menos, 26 mil funcionários apenas em hospitais universitários pelas contas do TCU (Tribunal de Contas da União)", afirmou.
Gustavo Balduíno, secretário executivo da Andifes, acrescenta ainda: "é preciso ter diretrizes mais homogêneas [entre as regiões do país e as expansões em curos e as próximas]". Ele afirma que a entidade é a favor de uma expansão "programada e discutida" uma vez que o ponto mais sensível é "com recursos humanos".

Greve nas federais

A Fasubra, filiada à ISP (Internacional de Serviço Público), comanda uma paralisação que dura mais de 70 dias nas universidades federais por todo o país. Na estimativa da entidade, cerca de 75 mil trabalhadores estão de braços cruzados, após decisão do STJ (Superior Tribunal de Justiça) de manter 50% do corpo de funcionários em atividade.
Os sindicatos reivindicam aumento no piso salarial da categoria para três salários mínimos. Atualmente, o valor base é de R$ 1.034.
Segundo o MEC, o investimento para a criação das quatro universidades, com 17 campi é de R$ 604 milhões, verba que será liberada de 2013 a 2017.

Sem redução de desigualdades

Segundo reportagem de O Estado de S. Paulo, a expansão de vagas durante o governo Lula não reduziu as desigualdades. O perfil do universitário ainda mostra diferenças sociais. Em cinco das 14 novas universidades há mais ricos que pobres, em oito a porcentagem de alunos brancos é maior que a média nacional, enquanto que a de alunos que se declararam pretos é menor que a média em nove delas.
O levantamento foi feito nas 14 universidades criadas pelo ex-presidente com base em cruzamento de dados da Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior), que em 2010 entrevistou 19.691 alunos de 53 das 56 universidades federais do país.

Créditos: http://noticias.uol.com.br/educacao/2011/08/18/entidades-apoiam-expansao-da-rede-federal-desde-que-ela-seja-programada-e-discutida.jhtm

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