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quarta-feira, 18 de maio de 2011

Divisão do Piauí criaria dois Estados mais pobres, analisa historiador

O historiador Daniel Martins avalia que do ponto de vista histórico, a divisão do Piauí não seria interessante para o Estado. Ele lembra que o Piauí ainda está longe de ser uma potência econômica e tem um dos piores Índices de Desenvolvimento Humano (IDH) do país. "Ganhamos, a duras penas, apenas do Maranhão e do Alagoas", pontuou. Na sua avaliação, a divisão do Estado criaria, automaticamente, dois Estados mais pobres.

Isso porque a criação de um estado exige a existência de um novo Executivo, um novo Judiciário e um novo Legislativo. Todos devem ser dotados de completa estrutura física, como prédios, veículos e equipamentos, além dos administradores (governadores, secretários, servidores, juízes, promotores, deputados e assessores).
Daniel Martins observa que a construção dos serviços básicos de saúde, educação, assistência social demandaria um tempo para ser criado em um novo Estado. "A construção dos serviços não se daria abruptamente, demanda um tempo. Teresina, que hoje é referência na área de saúde, por exemplo, continuaria recebendo essas pessoas. Então, o Gurgueia já nasceria como o Estado mais pobre", argumenta.

Estado do Gurgueia - Distribuição de riquezas ou agravamente da pobreza

O historiador concorda com a tese de que o fato de o sul ficar muito distante da capital é um fator agravante para o desenvolvimento da região. "Mas o que deve ser feito é a união de esforços, principalmente entre os políticos da região sul, para captar recursos para a região e ser ampliada a oferta de serviços, que é ainda muito precária", cobrou, ressaltando que as duas regiões têm potenciais diferentes, mas pode se desenvolver de forma conjunta. "Enquanto o Sul tem a região dos Cerrados, Serra da Capivara e Serra das Confusões, a região Norte tem o litoral que é um propulsor de desenvolvimento", citou.
Para o especialista, os altos custos que demandaria para a criação das estruturas administrativas não "desnecessários". Martins compara a criação de estruturas administrativas de Estado com os altos custos de criação de municípios. Ele lembra que o Piauí possui hoje municípios com populações inferiores à 8 mil habitantes, mas que exigem todo o aparato burocrático "desnecessário". "Nazária foi desmembrada de Teresina e a cidade ainda agoniza para conseguir recursos que sejam suficientes para montar as estruturas administrativas do executivo e legislativo, por exemplo", conclui.

Crédito: http://www.portalodia.com/noticias/piaui/divisao-do-piaui-criaria-dois-estados-mais-pobres-analisa-historiador-109363.html

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