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terça-feira, 10 de maio de 2011

Alckmin está destruindo tudo que foi conquistado em dezesseis anos, afirma diretor do Colégio Bandeirantes

Mauro de Salles Aguiar, diretor do Colégio Bandeirantes e membro do Conselho Estadual de Educação Mauro de Salles Aguiar nasceu para educar. Formado em administração de empresas, abraçou há 31 anos a direção do Colégio Bandeirantes e contribuiu decisivamente para transformar a escola numa das melhores de São Paulo. Coerente no discurso e nas ações em defesa da autonomia de estados e municípios para a definição de prioridades na área educacional, Aguiar também é membro do conselho do escritório de representação no Brasil da Universidade de Harvard. Há uma década e meia, faz parte do Conselho Estadual de Educação, responsável por regulamentar o sistema paulista. E, desde o começo do ano, está profundamente pessimista com a política educacional adotada pelo governador Geraldo Alckmin. “O governo está destruindo o que foi conquistado nos últimos dezesseis anos na área da educação”, lamenta Aguiar. A seguir, a entrevista: Como o senhor vê a política de aproximação do governo de São Paulo com o movimento sindical na área de educação? O governo de Geraldo Alckmin está destruindo o que foi conquistado nos últimos dezesseis anos na área da educação. O governador tem a mesma visão de cultura do ex-secretário Gabriel Chalita, que escreve um livro de autoajuda a cada quinze minutos. Alckmin talvez não tenha percebido que o PT centrou toda a campanha eleitoral na política educacional. Foi a primeira vez que isso aconteceu no Brasil. A Apeoesp, sindicato dos professores do estado, é dominada pela CUT. Alckmin acha que se favorecer a CUT - ou seja, a Apeoesp - ficará livre de greves e críticas. Ainda não entendeu que a CUT está totalmente cooptada pelo PT. Os sindicatos são contra todas as reformas. Eles se opõem até aos bônus, que hoje são pagos de acordo com o desempenho dos alunos na prova do Saresp, que avalia o rendimento dos alunos da rede estadual, e que têm como objetivo melhorar o aprendizado. Os sindicatos não pensam no aluno. Querem controlar os professores, e também por isso combatem a municipalização do ensino, que quebra a força do sindicato. Nos municípios menores, o professor tem contato direto com a população, com os pais. Quando aparece uma goteira na escola, por exemplo, o prefeito é acionado na hora. No estado, com mais de 5.000 escolas, a goteira é o pedido número 982 da área de manutenção. é impossível gerir um sistema desse tamanho. Alckmin suspendeu os convênios com escolas de inglês como a Cultura Inglesa e o CCAA que davam bolsas de estudo para cerca de 80 mil alunos da rede estadual. Ele alega que os centros de idioma mantidos pelo estado podem ministrar essas aulas. Isso é possível? O governo acabou com os convênios antes de expandir a rede para atender à demanda. é uma decisão arriscada. Nenhuma empresa importante contrata quem não sabe inglês. Sem saber outra língua, o aluno da escola pública vai diplomar-se numa faculdade, mas dificilmente conseguirá uma das centenas de vagas disponíveis para pessoas capacitadas. A Copa do Mundo e a Olimpíada deveriam motivar os governos estadual e federal a prepararem esses jovens para o trabalho de monitor. (Continua)

Crédito: http://veja.abril.com.br/noticia/educacao/alckmin-esta-destruindo-tudo-que-foi-conquistado-em-dezesseis-anos-na-educacao-afirma-diretor-do-colegio-bandeirantes

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