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"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem. (Bertold Brecht)"

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Adeus às armas

Não tem nada haver com educação... Mas achei interessante demais este texto...

Soldado, escritor, correspondente de guerra, sedutor, boêmio, vencedor do Prêmio Pulitzer e do Nobel de Literatura, Ernest Hemingway seria a favor, apenas cinco anos depois, de mais um plebiscito pelo adeus às armas? Uma espingarda de caça, um disparo e Hemingway se suicidou na noite de 2 de julho de 1961. Mary, sua mulher, sempre acreditou que o autor de "Adeus às armas" estava limpando a espingarda. Nunca ninguém se convenceu disso. Se Ernest Hemingway fosse brasileiro, ele não teria cometido o suicídio assim tão fácil. Talvez tivesse cortado o pescoço com um canivete suíço, porque a burocracia e a dificuldade de se comprar, legalizar e portar arma é de levar qualquer um ao suicídio. A compra e porte de arma no Brasil não são proibidos. Mas são proibitivos e, na prática, controlados por rigoroso Estatuto do Desarmamento. Com esse estatuto, Hemingway só poderia portar aquela arma se estivesse sendo ameaçado de morte. O porte teria tempo determinado e a emissão de autorização, renovação ou segunda via teriam taxa a ser paga. Dinheiro não seria problema para o famoso autor de "Por quem os sinos dobram". Mas ele poderia andar armado? "Somente podem andar armados os responsáveis pela garantia da segurança pública, integrantes das Forças Armadas, policiais, agentes de inteligência e agentes de segurança privada. E civis com porte concedido pela Polícia Federal", diz o estatuto. Aquela arma de caça seria de uso permitido, mas ainda assim Hemingway teria que pedir registro na Polícia Federal, ou ao comando do Exército, se fosse arma de uso restrito. Hemingway poderia comprar uma arma? Sim, maiores de 25 anos podem comprar arma de fogo. Se aquela arma de caça não estivesse registrada, o que Hemingway teria que fazer? Registrá-la. E somente poderia tê-la na sua residência, junto ao sempre bem fornido bar. Mas, mesmo sendo bom de copo, Hemingway teria requisitos para registrar aquela espingarda? A lei determina que "o interessado em manter arma de fogo em seu domicílio deverá declarar sua efetiva necessidade, apresentar certidões de antecedentes criminais, não estar respondendo a inquérito policial ou a processo criminal, apresentar documento que comprove sua ocupação lícita, residência certa e comprovar sua capacidade técnica e aptidão psicológica para manuseio de arma". Com esses "simples" requisitos, Hemingway receberia a autorização para a compra. Com tantas restrições, Hemingway desistiria do suicídio. Numa atitude extrema, cortaria a veia jugular com uma caneta esferográfica, ao saber que o Sarney deseja um novo plebiscito para que os brasileiros decidam se apoiam ou não a comercialização de armas de fogo, e continua sendo o feitor da casa grande e senzala.

Crédito: http://www.parana-online.com.br/colunistas/67/85009/

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