A Faculdade Barretos, juntamente com o coordenador do Curso de Licenciatura em História da Faculdade Barretos, dão as Boas Vindas a todos os alunos para o ano letivo de 2012! Sejam Bem Vindos!
"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem. (Bertold Brecht)"

domingo, 24 de abril de 2011

A história bem escrita

Uma nova safra de livros mostra que a reinterpretação do Brasil e a descontrução de mitos é um bom negócio. Não apenas no sentido de fortalecer, esclarecer e divulgar detalhes da formação do País, mas também de revelar que a historiografia brasileira pode ser sucesso editorial. Pode ser best-seller. Atualmente, pelo menos quatro livros investem nesta ideia e têm obtido destaque. Na lista das obras de não-ficção mais vendidas no País, ranking publicado semanalmente por revistas de circulação nacional, os livros que recuperam períodos da história brasileira aparecem no top 10. Esse grupo de autores é “capitaneado” por Laurentino Gomes. O jornalista é autor de “1808” (Editora Planeta), que trata da vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil e como esse movimento transformou o País. A publicação é de 2007 e continua no topo na relação dos mais vendidos. Laurentino escreveu também “1822” (Nova Fronteira), acerca do cenário da Independência. E o sucesso se repete. Em setembro do ano passado, além dos 100 mil exemplares já vendidos, a obra já ganhava nova tiragem com outras 100 mil cópias. Na mesma época, “1808” já tinha atingido a marca de 600 mil volumes. No mesmo grupo de Gomes está o também jornalista Leandro Narloch, autor do “Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil” (editora Leya), obra de 2009 que já teve 180 mil exemplares vendidos. Narloch se propõe a investigar temas, acontecimentos e personagens que lhe causavam desconfiança em busca de uma história menos polarizada e menos novelesca. Já “Boa Ventura! - A Corrida do Ouro no Brasil (1697-1810)” (Record), do jornalista Lucas Figueiredo, revela como foi a busca pelo metal precioso e que tipo de consequências isso trouxe para o Brasil. Lançado no início do mês, o livro já é sucesso de público. Também de abril e já participando do ranking dos mais vendidos está “Histórias íntimas - Sexualidade e erotismo na história do Brasil” (Planeta), da historiadora Mary Del Priore. Mas o que tem feito os brasileiros se interessarem tanto por suas origens? A resposta está em uma conjuntura múltipla. Para Mary Del Priore, juntamente com a globalização, há uma tendência de se sublinhar a identidade, o sentimento de pertencimento e obter respostas para questões como “quem sou eu?” e “a que grupo pertenço?”, o que justifica essa “corrida” dos leitores em busca do que foi o Brasil. Na opinião da historiadora, o interesse do público também é despertado em função dos bons trabalhos publicados. “Tem muita gente boa escrevendo sobre história. Nomes como Jorge Caldeira, Fernando Moraes, Eduardo Bueno.” O fato de vários jornalistas estarem se dedicando à história do Brasil traz consequência para muitos considerada positiva: os livros ganham uma linguagem palatável, o que, evidentemente, agrada um número maior de leitores.  (Continua)

Crédito: http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Divirtase/Eventos+Shows/57978,,A+historia+bem+escrita.aspx

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