A Faculdade Barretos, juntamente com o coordenador do Curso de Licenciatura em História da Faculdade Barretos, dão as Boas Vindas a todos os alunos para o ano letivo de 2012! Sejam Bem Vindos!
"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem. (Bertold Brecht)"

terça-feira, 26 de abril de 2011

MOTOCICLISTA OU MOTOQUEIRO?


Esta indagação gera muita polêmica no motociclismo, pois se encontram várias explicações que justificam o uso de um ou de outro termo, sendo que para muitos a distinção está na forma de uso do veículo, isto é, o motoqueiro é o que geralmente usa a motocicleta para desempenhar seu trabalho, enquanto o motociclista usa a motocicleta como meio de locomoção, lazer ou hobby. Para outros, o fator determinante está na potência, nas cilindradas da máquina, por exemplo, até “x” cilindradas é motoqueiro, acima de “x” cilindradas é motociclista e há também aqueles que preferem dizer que a diferença está na forma de dirigir sua moto, ou seja, o motociclista é o motorista responsável e o motoqueiro seu oposto. Na verdade o que podemos observar é que na primeira definição de motoqueiro, vemos o sentido do trabalhador que usa a moto para o sustento seu e de sua família, e nas demais, acaba sendo analisado de acordo com seu poder aquisitivo e conduta.
Na língua portuguesa motociclista é um substantivo masculino/feminino para denominar pessoa que conduz uma motocicleta e motoqueiro (gíria) que indica o que anda de motocicleta. Portanto não discrimina ou vincula a poder aquisitivo, educação, potência, entre outros. Entretanto o termo motoqueiro ganhou um sentido pejorativo no mundo sobre duas rodas, que é preciso desmistificar e acabar com o mal fadado rótulo, quando na verdade, o que importa é ter atitude para dirigir com segurança, educação e respeito.
A partir da paixão por duas rodas, amigos se reúnem para falar de motos e curtir rock n’roll. O colete de couro ganha um brasão e aí com espírito de liberdade, onde o chão é o limite para esses seres alados que como dragões estradeiros apesar da aparência estereotipada de “maus” de alguns, apenas levam um estilo de vida próprio, e ao contrário do que se imagina para participar é preciso mostrar respeito às regras básicas, tais como, não dirigir embriagado, respeitar as leis de trânsito, ser prudente, tudo para não denegrir o nome do clube ou grupo nem colocar a vida de outras pessoas em risco. Mais que um estilo de vida chega a ser, para muitos, uma verdadeira filosofia de vida fincada na liberdade, fraternidade, solidariedade, responsabilidade e respeito.
Abro aqui um parêntese para render minhas homenagens aos precursores na formação de moto clubes barretenses: Espírito de Liberdade (2001), O Chão é o Limite (2002), Seres Alados (2002) e Dragões Estradeiros (2004), que ao longo de todos esses anos foram modelo para formação de outros.
Mas, voltando à discussão inicial sobre motociclista ou motoqueiro, Fausto Macieira, jornalista e motociclista, define que “ser motociclista é curtir o prazer das estradas com os amigos, passear em grupo, formar tribos muito unidas. É saber viver com responsabilidade, ter consciência de que o chão é duro, alimentar uma cultura de respeito à vida, à moto, e tudo isso é uma paixão para ser consumida como um gostoso lazer”.
Dedico este artigo a todos aqueles que fazem de sua máquina maravilhosa a companheira inseparável de todos os momentos, seja no lazer ou no trabalho, mas que acima de tudo valorizam a vida, sem deixar de mencionar as “garupatroas”, nas quais eu me incluo e digo que somos fiéis companheiras de todas as horas compartilhando dos mesmos sonhos e prazeres.
 Walkiria V. Masiero
Graduanda em História
da Faculdade Barretos

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Marcadores