Esse é o diagnóstico de um estudo produzido pelo professor da
Universidade de São Paulo O projeto de desenvolvimento econômico do
Brasil ainda não trata a educação como prioridade em suas ações e
programas. Apesar de reconhecer a melhoria da qualidade do ensino como
estratégia fundamental para o crescimento da economia e desenvolvimento
social, o país ainda não conseguiu traduzir essa intenção em ações
efetivas. Esse é o diagnóstico de um estudo produzido pelo professor da
Universidade de São Paulo (USP) Romualdo Portela, apresentado hoje no
Seminário Internacional Educação e Desenvolvimento, promovido pela
Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(Unesco). Em suas pesquisas, Portela analisou os principais planos
norteadores pelo governo do ex-presidente Lula e detectou que, quando a
educação aparece como área de ação estratégica, essa intenção não é
traduzida na prática, especialmente no que diz respeito ao
financiamento. Entre os planos de ação, foram estudados o Plano
Plurianual (PPA) 2008-2011 e as duas edições do Programa de Aceleração
do Crescimento (PAC). O professor destaca que na primeira edição do PAC
a educação não aparece e na segundo a área é contemplada exclusivamente
com investimentos para a construção de 6 mil creches. No PPA, a
educação é um dos três eixos estruturantes para o desenvolvimento do
país, mas o plano não prevê aumento dos investimentos para que se
consiga melhorar a qualidade do ensino e aumentar a escolaridade do
trabalhador. “Os planos mais recentes são melhores que os antigos. Eles
conseguem formular a importância da educação como estratégica do ponto
de vista do desenvolvimento humano e social, mas a tradução dessa
prioridade, que já está enunciada em políticas concretas, essa parte nós
não fazemos”, explica Portela. Em seu estudo, o professor aponta que o
processo produtivo de hoje exige um novo tipo de trabalhador, diferente
daquele da década de 60. E a complexidade do trabalho moderno gerou
novas demandas para a educação. “Aquela mão de obra formada no próprio
processo produtivo praticamente não existe mais. E quando é formada
dessa forma, ela não sobrevive. Esse modelo exige a necessidade de
ampliação da educação em todos os níveis”, compara. O estudo também
analisou o Plano Brasil 2022, elaborado pela Secretaria de Assuntos
Estratégicos da Presidência da República, e a Agenda para o Novo Ciclo
de Desenvolvimento, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (CDES). Portela destaca que esses documentos são de “perspectiva:
indicam aonde o país quer chegar, mas não delimitam ações”. Em ambos a
educação ocupa espaço de destaque, mas o princípios indicados não se
refletem nos planos práticos. Portela destaca que falta integração
entre os diferentes projetos do governo. “Nesse momento nós estamos
discutindo o novo PPA então seria um bom momento para a gente traduzir
essa prioridade e darmos um salto na integração das políticas de
desenvolvimento e educação. Com mais orçamento nós temos condições de
enfrentar, por exemplo, o desafio da qualidade. Nós precisamos de um
choque de educação para o governo todo e não só no Ministério da
Educação”, defende.
Créditos : http://180graus.com/geral/educacao-ainda-nao-e-prioridade-em-planos-de-governo-424109.html
A Faculdade Barretos, juntamente com o coordenador do Curso de Licenciatura em História da Faculdade Barretos, dão as Boas Vindas a todos os alunos para o ano letivo de 2012! Sejam Bem Vindos!
"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem. (Bertold Brecht)"
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