Osama bin Laden morreu, anunciou o presidente Barack Obama, na noite de
domingo (1/5). Mas nem os americanos nem o mundo verão imagens, em fotos
ou vídeos, de seu cadáver. Em conversas com seus principais assessores,
Obama decidiu não divulgar as reivindicadas imagens do líder da
al-Qaeda – morto numa operação no Paquistão – pelo temor de que possam
servir como propaganda extremista e por considerar que representariam um
"risco à segurança" dos EUA. A decisão presidencial recebeu críticas e
apoio de parlamentares, mas foi reprovada pela maioria da população.
Segundo uma pesquisa feita pela CNN, 56% dos entrevistados se
manifestaram a favor da divulgação das fotos, e 39% se disseram contra.
– Os riscos da divulgação superam os benefícios. Há um risco real de
que a divulgação das fotos sirva apenas para inflamar a opinião pública
do Oriente Médio. Uma foto não vai fazer diferença para provar que ele
morreu. Alguns sempre vão duvidar, mas o fato é que Osama bin Laden não
andará pela Terra novamente – justificou Obama, em entrevista ao
programa 60 Minutos, da rede CBS. De acordo com os relatos oficiais
americanos, Bin Laden recebeu dois tiros à queima-roupa ao resistir ao
ataque, um na cabeça e outro no peito. Segundo a CBS, que diz ter tido
acesso às imagens – classificadas como "horrendas e potencialmente
incendiárias" pelo governo americano – a foto do corpo mostraria Bin
Laden com um grave ferimento na cabeça e com perda de massa encefálica.
– É importante assegurarmos que imagens muito dramáticas de alguém que
recebeu um tiro na cabeça não fiquem circulando como incitação a mais
violência e como ferramenta de propaganda. Não somos assim. Osama bin
Laden não é um troféu – defendeu Obama. No calor da hora A decisão
de não divulgar as imagens foi discutida em conjunto com os secretários
de Defesa, Robert Gates, e de Estado, Hillary Clinton, e com assessores
de inteligência e de segurança nacional da Casa Branca. – Nós
discutimos isso internamente. Todos concordaram. Tenham em mente que nós
estamos absolutamente certos de que era ele. Nós fizemos testes de DNA.
Então, não há dúvida de que nós matamos Osama bin Laden – garantiu o
presidente. O senador republicano Lindsey Graham definiu a opção de
Obama como "um erro": – O objetivo de enviar nossos soldados ao
assalto em vez de fazer um bombardeio aéreo era obter provas
indiscutíveis da morte de Bin Laden. Eu sei que Bin Laden está morto.
Mas a melhor maneira de defender nossos interesses no exterior é provar
esse fato para o resto do mundo. Temo que essa decisão tomada pelo
presidente Obama vá prolongar desnecessariamente este debate. O líder
da maioria republicana na Câmara, John Boehner, "apoiou", e o presidente
da Comissão de Segurança Interna, Peter King, "respeitou" a decisão. –
Eu entendo a decisão do presidente e não vou me opor. Embora tenha dito
que a divulgação da foto possa ser uma boa maneira de evitar
previsíveis teorias de conspiração sobre a morte de Bin Laden, essa é
uma decisão a ser tomada pelo presidente, e eu a respeito – disse King.
Fotos exibindo três homens mortos no esconderijo de Abbottabad foram
divulgadas na quarta-feira (4/5) pela agência de notícias Reuters. As
imagens foram feitas por um oficial paquistanês na madrugada de
segunda-feira (2), momentos depois do assalto do comando especial da
Marinha americana. Novos números Ontem (4/5), uma pesquisa realizada
pelo New York Times e pela CBS mostrou que Obama continua colhendo
frutos da morte de Bin Laden. Sua aprovação subiu de 46% no mês passado
para 57%. Somente nos EUA, cerca de 57 milhões de pessoas assistiram
ao pronunciamento em que Obama anunciou a morte de Bin Laden, no
domingo. Apesar de o número de espectadores ser menor do que o obtido
pelo discurso do presidente George W. Bush logo após o impacto de dois
aviões contra as Torres Gêmeas, em 2001 – visto por 82 milhões de
pessoas – essa é a maior audiência televisiva de Obama até agora. A
última vez em que o atual titular da Casa Branca havia conseguido uma
audiência similar, ainda que menor, foi logo depois de sua posse como
presidente, quando 52 milhões de pessoas assistiram ao seu primeiro
discurso numa sessão conjunta do Congresso. Os novos números reforçam
análises de que a morte do líder da al-Qaeda fortaleceu a posição do
presidente diante dos republicanos para as eleições de 2012. *** Em
que situação se justificaria a divulgação de fotos "horrendas" e
"potencialmente incendiárias"? ** "Mostrar foto de cadáver nessa
situação é acentuar o ódio já latente nessas populações. Se o Bin Laden
foi mesmo morto, a mostra do DNA dele é mais do que suficiente."
(Roberto Romano, professor de Ética e Filosofia da Unicamp) ** "Se for
uma imagem grotesca, nesse caso o importante é mostrar a prova, ou
seja, o DNA. Se a foto for divulgada pelo governo, aí cabe à imprensa
divulgar também." (Carlos Alberto Di Franco, doutor em Comunicação pela
Universidade de Navarra) ** "Esse é um problema do governo americano.
Se a foto for divulgada, caberá à imprensa analisar de que forma pode
apresentar de uma maneira que atenda os preceitos morais e religiosos
das pessoas." (Alberto Dines, jornalista) ** "Somos um jornal de
família. Sabemos que crianças também veem o nosso jornal e não queremos
publicar nada gratuitamente. Mas não queremos esconder o que está
acontecendo." (Liz Spayd, editora-chefe do Washington Post) ** "A
sociedade tem o direito de saber. Devem divulgar a imagem. Mas uma
imagem sem detalhes que chocam, principalmente o público infantil."
(Fernando Oliveira Paulino, professor de Comunicação e Cidadania da
Universidade de Brasília" ** "É de interesse público a divulgação das
fotos do Bin Laden? Acho que sim. Momentos históricos exigem
determinadas imagens. Com bom senso e decência, é claro." (Celso
Schroder, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas) **
"Geralmente, evitamos imagens gratuitamente chocantes sem valor
jornalístico. Mas fotos de Bin Laden morto certamente têm um grande
valor jornalístico." (Bill Keller, editor do New York Times)
Créditos: http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=640IMQ009
A Faculdade Barretos, juntamente com o coordenador do Curso de Licenciatura em História da Faculdade Barretos, dão as Boas Vindas a todos os alunos para o ano letivo de 2012! Sejam Bem Vindos!
"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem. (Bertold Brecht)"
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Apenas um mais um joguinho politico dos EUA,se está morto ou não,não sei,só acreditaria vendo.Não por intermedio da mídia controlada pelos EUA porque até forjar morte eles forjam.Então oque nos resta é abrir os olhos de que tudo é um jogo de poder e a mídia brasileira de maior poder,é mais um dos meios que o EUA usa,apenas um brinquedo de manipulação deles.Refletir tudo que se lê e ouve,e criar sua analise,já que nada é confiável em questão de mídia...Ficar atento a isso.
ResponderExcluirCara eu não gosto de americano não é atoa. Desde a 1º Guerra Mundial eles acham que podem chegar e matar todo mundo. Isso não pode acontecer.
ResponderExcluirAi jogaram as bombas nucleares no Japão; entraram no Vietnã e fizeram o que fizeram; entraram no Iraque sem nenhuma prova, ou melhor eles sabiam que não tinha nada lá e fizeram com que matassem Saddan Hussein.
Agora chega um cara, que enfrentou eles, entrou dentro do país deles (EUA), e meteu o pé no sac!!!(piiiii) deles. Ai eles esquentaram. Isso foi o máximo. Ainda bem que eu estava vivo para viver esse prazer.
E tomara que aconteça novamente. Os americanos não merecem nosso apreço; merecem nosso DESPREZO.
Bem feito para eles.
Viva Osama. Viva Al Quaeda. Viva Oriente Médio. Viva meus conterrâneos.