A Faculdade Barretos, juntamente com o coordenador do Curso de Licenciatura em História da Faculdade Barretos, dão as Boas Vindas a todos os alunos para o ano letivo de 2012! Sejam Bem Vindos!
"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem. (Bertold Brecht)"

segunda-feira, 2 de maio de 2011

nternet vira território fértil

Acadêmicos que estudam os grupos extremistas são unânimes em afirmar que a internet se tornou território fértil para a incitação à intolerância e tem servido para os grupos de extrema-direita conquistarem novos seguidores. "Com o advento da internet, a divulgação destas mensagens ganhou uma escala maior, desses contatos surgem ideias de formação ou convites para participar de organizações", ressalta o professor da PUC-SP Alexandre de Almeida, autor da dissertação de mestrado intitulada "Skinheads: os mitos ordenadores do Poder Branco Paulista". No Brasil é crime imprescritível e inafiançável divulgar publicamente teses preconceituosas e racistas, mas isso não inibe os extremistas. Para driblar essa proibição, moderadores hospedam os sites - com conteúdo em português - em outros países, onde não há política de restrição. "Em países que já sofreram com o nazismo como a Alemanha e a Áustria, se a pessoa acessar esse tipo de conteúdo ela já pode ser autuada, mas aqui no Brasil a gente ainda não chegou nesse nível", lamenta a professora da Universidade Federal do ABC (UFABC) Ana Maria Dietrich, que foi pesquisadora do Centro de Estudos sobre Anti-Semitismo em Berlim, na Alemanha. MANIFESTAÇÕES Entre os dias 20 e 30 de abril, datas de nascimento e morte de Hitler, crescem as manifestações de intolerância racial e de apologia às teses nazistas nos diversos blogs, fóruns e comunidades de relacionamento na internet. Um dos maiores sites nazistas do mundo - o Valhalla88 - era hospedado no Brasil e chegou a ter 200 mil acessos diários antes de ser tirado do ar há alguns meses, após ação coordenada pelo Ministério Público Federal de São Paulo. Em sua tese "Os anacronautas do teutonismo virtual", a antropóloga Adriana Dias, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), apontou uma quantidade de 13 mil páginas com conteúdo racista na web, alimentadas por aproximadamente 40 sites principais. Como precisam de recursos financeiros para continuar existindo, os sites oferecem uma vasta quantidade de material: roupas, cartazes, bandeiras e muita literatura nazista. Um dos mais completos oferecia, na semana passada, um broche com a águia nazista por 2 euros; ou uma insígnia da juventude hitlerista por módicos 2,70 euros. De acordo com a SaferNet, uma organização não-governamental de combate aos crimes na internet, o neonazismo é mais difícil de ser enfrentado que a pedofilia.

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