A Faculdade Barretos, juntamente com o coordenador do Curso de Licenciatura em História da Faculdade Barretos, dão as Boas Vindas a todos os alunos para o ano letivo de 2012! Sejam Bem Vindos!
"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem. (Bertold Brecht)"

domingo, 17 de abril de 2011

Droga na porta da escola

Hamilton Pavam Repórter negocia compra de maconha em frente à escola Bento Abelaira Gomes, no Jardim Antunes As escolas públicas da periferia de Rio Preto estão cercadas pelo tráfico. Nos horários de entrada e saída de alunos em três colégios da zona norte da cidade, os portões são invadidos por traficantes com cigarros de maconha e “olheiros” que indicam aos alunos as bocas de fumo mais próximas. A venda de drogas corre solta à luz do dia, sem repressão. E, em alguns casos, segundo estudantes, já chegou à sala de aula. A teia do tráfico na porta das escolas de ensino médio não se resume à compra e venda de drogas. Também impõe a lei do silêncio a estudantes, professores e pais. Poucos são os que têm coragem de denunciar a onipresença dos traficantes no ambiente escolar. “Somos reféns da bandidagem. Se ficam sabendo que a gente fala mal deles, xingam, ameaçam”, afirma E.S., mãe de aluno da escola Celso Abade Mourão, no Solo Sagrado. Na última quinta-feira, o Diário comprovou o negócio ilícito nas proximidades das escolas Waldemiro Naffah (Vila União), Bento Abelaira Gomes (Jardim Antunes) e Oscar de Barros Serra Dória (Solo Sagrado). Na primeira delas, pelo menos quatro traficantes cercaram o portão na saída dos alunos, por volta do meio-dia. Um deles vendeu entorpecente para um aluno uniformizado. Passando-se por aluno, mochila nas costas, a reportagem negociou um cigarro de maconha com um dos traficantes. Ele oferece “beck” de R$ 10, R$ 20, R$ 25 e R$ 30. O repórter diz ter apenas R$ 2,50 no bolso. “Então dá um trago aí com nós”, afirma o rapaz, que oferece um cigarro de maconha. O repórter se afasta sem provar a droga, mas não sem antes receber o convite. “Se quiser é só vir aqui.” “A escola é um dos mercados consumidores mais visados pelo tráfico na periferia, porque além da garantia de venda da droga os grupos aliciam os alunos para o negócio”, diz Marcos Rogério Campos, investigador-chefe da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise) de Rio Preto. As 69 escolas públicas da cidade totalizam 49 mil alunos, de acordo com a Prefeitura e a Secretaria de Estado da Educação. Na Bento Abelaira, dois rapazes abordam alunos de 14 a 17 anos logo na saída, no fim da tarde. Em uma das esquinas, outra dupla fuma maconha tranquilamente na calçada. Um deles oferece o cigarro para a reportagem. “Vê aí”, diz. Quando o repórter nega o trago, o traficante faz outro convite: “Se você vim aí outra hora a gente arranja (sic).” A droga não se resume apenas ao lado de fora dos muros da escola do Jardim Antunes. “No recreio, o cheiro de maconha no pátio fica insuportável. O pessoal passa droga um para o outro na cara dura”, afirma o estudante D.A.C., 17 anos. A direção admite o problema, e informa que tem pedido intensificação nas rondas policiais no entorno do imóvel (leia mais na pág. 3B). A exemplo das duas outras escolas, rapazes de bermuda, chinelo e boné se enfileiram na frente da escola Oscar de Barros Serra Dória. Logo são abordados pelos próprios alunos. À reportagem, indicam a boca de fumo mais próxima: uma barraca de lona verde a menos de um quarteirão do colégio. (Continua)

Crédito: http://www.diarioweb.com.br/novoportal/Noticias/Cidades/57285,,Droga+na+porta+da+escola.aspx

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