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sexta-feira, 22 de abril de 2011

Revoltada com palavrões em livro dado ao filho de 11 anos em escola, mãe registra queixa na DP

O livro “Heroísmo de Quixote” — registrado com o número 4.869 na biblioteca da Escola Municipal Benedito Ottoni — deixou as estantes do colégio no Maracanã, após uma discórdia que acabou indo parar na delegacia. A mãe de um aluno do 6º ano ficou revoltada com o fato de o livro, que fala sobre sexo, drogas e prostituição e é recheado de palavrões, ter sido dado a seu filho, “uma criança de 11 anos”, na sala de leitura. A polêmica começou no fim do mês passado, quando o estudante fez uma pergunta à mãe sobre sexo anal, depois de ler trecho do livro em que um traficante revela o seu medo de ser espancado por desviar dinheiro que seria destinado ao pagamento de propina a policiais. No dia 29 de março, a mãe do estudante escreveu carta aos dirigentes da escola, pedindo que o livro fosse retirado da biblioteca. Mas a direção só agiu quando o assunto parou na delegacia. No dia 31, um dia depois do registro na 18 DP (Praça da Bandeira), a mãe foi chamada para participar de reunião com representantes da Secretaria Municipal de Educação e da Coordenadoria Regional de Educação. Em dois encontros, registrados em ata, a direção reconheceu o erro, se desculpou e tentou convencer a mãe a retirar a queixa. “Há outras maneiras de resolver o problema, pois a educação está nas mãos da escola e não do delegado”, disseram os funcionários da escola. No documento, a professora responsável pela distribuição dos livros admitiu que não conhecia a obra. “A professora disse que, ao ler a orelha do livro, não imaginou que o conteúdo fosse impróprio. A nossa missão foi tirar de circulação e avisar a rede sobre o livro para que nenhuma criança o pegue”, acrescentaram os funcionários da escola. Em nota, a Secretaria Municipal de Educação reconheceu que o livro foi colocado à disposição dos alunos por engano, depois de ter sido doado, em 2005, pela editora Rocco. “A Secretaria Municipal de Educação esclarece ainda que, ao tomar conhecimento do conteúdo do livro, no dia 23 de março, mandou retirá-lo imediatamente dos acervos das escolas, uma vez que a obra possui conteúdo impróprio para os alunos do Ensino Fundamental”. O caso pode ser enquadrado no artigo 232 do ECA, por submeter criança ou adolescente a vexame ou constrangimento.

Crédito: http://extra.globo.com/noticias/educacao/revoltada-com-palavroes-em-livro-dado-ao-filho-de-11-anos-em-escola-mae-registra-queixa-na-dp-1647544.html

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