A Faculdade Barretos, juntamente com o coordenador do Curso de Licenciatura em História da Faculdade Barretos, dão as Boas Vindas a todos os alunos para o ano letivo de 2012! Sejam Bem Vindos!
"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem. (Bertold Brecht)"

sexta-feira, 8 de abril de 2011

O bullying no Brasil e no mundo

Um dia depois do massacre na escola municipal Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, surgem indícios de que o bullying – agressão física e verbal sistemática à qual uma pessoa é submetida –é um dos fatores contribuintes para o crime. Colegas de classe afirmaram que o assassino, Wellington Menezes de Oliveira assassino, ex-aluno da escola Tasso da Silveira, era vítima de bullying e que um colega chegou a fazer a macabra previsão de que um dia ele "mataria muita gente". Há algumas semanas, ÉPOCA publicou um balanço sobre o bullying no Brasil e no mundo junto a uma reportagem que contando a história do garoto australiano Casey Heynes. Heynes era a estrela de um vídeo no qual, após um dos vários episódios de bullying ao qual foi submetido, revidou, agredindo o colega de classe que havia batido nele. A reportagem é a que se segue abaixo:   VÍTIMA O estudante Casey Heynes, em entrevista a uma TV. Ele disse sofrer agressões na escola quase todos os dias A história do garoto australiano que ganhou fama na internet e nas redes de TV do mundo inteiro por revidar uma agressão de um colega da escola poderia ter tido um final trágico. Aos 14 anos, Casey Heynes sofria o mesmo tipo de agressão física e verbal que sofrem milhões de crianças e adolescentes em escolas de todo o mundo. Sistematicamente e sem motivo, era atacado física e verbalmente por colegas apenas por ser gordo. Até que, numa espécie de catarse (como mostra o vídeo que virou hit on-line), Heynes contra-ataca seu algoz, o franzino Richard Gale, de 13 anos. O revide foi de tal ordem que poderia ter quebrado o pescoço de Gale. Era a vingança das vítimas de perseguição – especialmente dos gordinhos, que, segundo uma pesquisa americana, têm 60% mais chance de ser atacados. A prática da perseguição repetida – conhecida pelo termo inglês bullying – é tão antiga quanto a própria escola. Mas só começou a ser estudada como fenômeno com consequências dramáticas a partir da década de 70. De lá para cá, o que era tratado como brincadeira normal de criança virou uma questão tão séria que, em alguns países, como nos Estados Unidos, é considerada assunto de saúde pública. O próprio Heynes, em entrevista a uma rede de TV australiana, mostrou a exata medida do sofrimento de uma vítima de bullying. “Pensei em me suicidar”, disse. Ele contou que era alvo dos colegas desde o 2o ano do ensino fundamental. “Eles me chamavam de gordo, me davam tapas na nuca (...). Praticamente todos os dias.” Felizmente, a única consequência foi uma suspensão de quatro dias para ambos.   O revide é justificável? Não há consenso entre psicólogos e educadores. Alguns acreditam que sofrer as agressões em silêncio estimula o agressor a repetir seus atos, além de arrasar a autoestima da vítima. Por isso, o revide poderia ser saudável. Se for frequente, funcionaria como uma bomba de pressão cuja válvula é aberta de pouco em pouco, em vez de acumular raiva até uma explosão desastrosa. Mas há quem argumente que o revide apenas intensifica a perseguição. A saída ideal seria denunciar o bullying à escola e aos pais dos envolvidos e promover ações que modifiquem a cultura em que a perseguição floresce. O bullying ganhou maior atenção das escolas, pais e até de governos quando a violência praticada nos corredores e pátios escolares começou a desencadear reações muito mais violentas e radicais que a de Heynes. Como a dos colegas Eric Harris e Dylan Klebold, que, no dia 20 de abril de 1999, entraram na escola em que cursavam o ensino médio, o Instituto Columbine, nos Estados Unidos, mataram 14 pessoas, deixaram outras 23 feridas e cometeram suicídio. No Brasil, onde um em cada três estudantes já sofreu bullying, houve um caso parecido em 2003, na cidade de Taiúva, em São Paulo. Um ex-aluno de 18 anos atirou em sete pessoas e depois se matou na escola onde estudava. Na ocasião dos crimes, a polícia considerou o bullying como um dos principais motivadores dos assassinatos.

Crédito: http://revistaepoca.globo.com/Revista/Epoca/0,,EMI224607-15228,00.html

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