Na chegada, recepcionados por uma técnica que logo nos informou que aquele não era o Museu do Ipiranga e que ali nunca fora habitado por qualquer realeza ou nobreza, mesmo sendo sua arquitetura, inspirada em um palácio renascentista europeu.
Eis que dado ao senso comum, devido a sua localização no Parque Independência, região sul da cidade de São Paulo, tornou-se conhecido como Museu do Ipiranga, mas seu verdadeiro nome é MUSEU PAULISTA, já que o edifício era também uma demonstração de poder econômico de fazendeiros e empresários paulistas que ocupavam uma posição de prestígio junto ao governo central.
Construído com o objetivo de assinalar o local onde teria ocorrido o “grito do Ipiranga” e preservar a memória de D. Pedro I, entre 1885 e 1890, para comemoração à Proclamação da Independência. Oficialmente inaugurado em 7 de setembro de 1895 e inicialmente dedicado ao estudo de história natural, a partir de 1889, com a organização da República, transformou-se em sede de um museu público, sendo este o mais antigo museu de São Paulo.
Foi pelas mãos do diretor Afonso de Escragnolie Taunay, entre 1917 e 1945, que o museu Paulista começou a alterar seu perfil de história natural para tornar-se um museu especializado em pesquisas no campo da História. Adaptação que só se completou no final do século 20.
Isto posto demos início a nossa verdadeira viagem.
Em seu interior, encontramos pinturas, esculturas e demais detalhes que compõem um panorama visual da formação histórica paulista e brasileira, entre 1500 e 1822, fundamentados nas concepções vigentes nas décadas de 1920 e 1930, de que o destino do Brasil se identificava com o de São Paulo.
Já no saguão de entrada, encontramos a colonização portuguesa e a formação da sociedade paulista, representadas nos retratos de Martim Afonso de Souza, D. João II, Tibiriçá e João Ramalho, seguido do movimento bandeirante, simbolizam a formação do território brasileiro e o caráter particular do período colonial paulista; idéias essas, notadas nas esculturas no saguão e escadaria, cada qual com seu nome e região desbravada, além das pinturas que registram atividades econômicas do período colonial e como elas contribuíram para a expansão do povoamento e a ampliação das fronteiras. Representado pela escultura de D. Pedro I e as ânforas de cristal contendo águas dos principais rios brasileiros, procuram simbolizar a soberania nacional, a unificação do território e o papel dos paulistas nesse processo, o terceiro momento é o da Independência.
Por fim, no Parque, com
Final da tarde de sábado, a visita terminou dando lugar à viagem de volta para casa.
Museu Paulista da USP, eis o roteiro de uma viagem no tempo...
Walkiria V. Masiero
10/05/2010.
"O texto foi escrito pela aluna do segundo ano do Curso de História da Faculdade Barretos, Walkiria Masiero."
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