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sexta-feira, 3 de junho de 2011

3 de junho de 1977 – Morre o pai do neorrealismo italiano

Um ataque cardíaco encerrou a saga do criador do neorrealismo italiano, Roberto Rosselini, aos 71 anos de idade. Fazia poucos dias que Rosselini regressara da França, onde tinha presidido o júri do Festival de Cannes, o qual concedeu a Di Cavalvalcanti, curta-metragem de Glauber Rocha, o Prêmio Especial da temporada.

Filho de um dono de cinema, Rosselini desde cedo se interessou pela sétima arte. Foi durante a ditadura de Mussolini, na década de 30, que o jovem começou a trabalhar no ramo. Antes do início da Segunda Guerra, ele já rodara alguns curta-metragens. Foi ao fim do grande conflito mundial, no entanto, que Rosselini fez o trabalho que o consagraria para o resto de sua vida.

Em 1944, quando as tropas aliadas desembarcaram na Itália e Roma foi declarada “cidade aberta”, Rosselini decidiu filmar a história dos resistentes sob a ocupação. Sua namorada na época, Anna Magnani, futura estrela, aceitou atuar no longa mediante um pagamento simbólico. Um dos roteiristas do futuro filme de sucesso era o jovem desconhecido Frederico Fellini (Boccaccio '70; Cidade das Mulheres; Oito e meio; Amacord, etc). O sucesso Roma, Cidade Aberta, abriu as portas, não só para o reconhecimento de Rosselini como um grande cineasta – que viria a filmar os sucessos Paisà (1946) e Alemanha, Ano Zero (1947) –, mas também para uma nova maneira de encarar o cinema, e que teria profunda influência nos anos seguintes.
Sem dinheiro, Rosselini usou pessoas comuns como figurantes, enfatizando ainda mais a idéia de um cinema precário, sincero, preso às raízes, estilo reportagem, falando do povo italiano que estava vivendo numa cidade castigada pela guerra. Assim, o filme de Rosselini deu início a um movimento cultural que buscava mostrar de forma documental, embora dentro de uma cena ficcional, a realidade sócio-econômica do país no pós guerra imediato, movimento que foi continuado posteriormente por Vittorio De Sica e Luchino Visconti.
“O realismo é meu objetivo, minha maneira de ver as coisas. Quando faço um filme, meu objeto é o homem e suas ações. Por isso tento fazer uma reportagem cinematográfica da aventura humana em todas as suas latitudes. É preciso ir buscar bem fundo, dentro da realidade que o cerca e, por vezes, o sufoca, a verdade última, a chama inapagável, que anima a vida e dá sentido a todas as coisas”, explicara Rosselini certa vez.

Créditos: http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?blogid=57&archive=2010-06

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