A Faculdade Barretos, juntamente com o coordenador do Curso de Licenciatura em História da Faculdade Barretos, dão as Boas Vindas a todos os alunos para o ano letivo de 2012! Sejam Bem Vindos!
"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem. (Bertold Brecht)"

domingo, 5 de junho de 2011

5 de junho de 1975 – Reaberto o Canal de Suez

Fechado desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, o Canal de Suez, constante alvo de disputas entre Egito e Israel, foi reaberto na condição de águas internacionais. A volta do funcionamento do canal como área neutra tinha sido decidida em um acordo de paz assinado entre os dois países inimigos em 1973, com a intermediação das Nações Unidas.

A cerimônia grandiosa organizada pelo governo do Egito, na margem ocidental do canal, reuniu milhares de pessoas ansiosas por ver as primeiras embarcações soarem suas sirenes e avançarem pelas águas cristalinas, as quais haviam passado por um considerável período de calmaria.

O presidente Anwar Sadat, antes de reinaugurar o trânsito de embarcações no canal, afirmou que o fato era uma contribuição egípcia à paz, mas destacou que ela só existiria verdadeiramente no Oriente Médio quando Israel concordasse em devolver todos os territórios ocupados em 1967 (os quais os países árabes vizinhos tentaram reconquistar frustradamente na Guerra de Yom Kipur, em 1973).
Embora fosse tênue a linha pacífica que separava os dois países, o fato era que um importante consenso fora alcançado com a reabertura: o Egito, antigo soberano das águas do Canal, abrira mão da posse do local; e Israel, disposto a cessar as disputas sangrentas na Península do Sinai, mantivera o combinado que firmara ao permitir a livre pela mais ágil via de ligação marítima entre a Europa e a Ásia.
Esse rápido acesso à Ásia era visto pelo bloco capitalista ocidental como uma desvantagem, já que, após a abertura do Canal, a União Soviética teria uma comunicação mais direta com suas unidades navais no Oceano Índico. A OTAN, no dia da cerimônia realizada pelo Egito, declarou que as desvantagens políticas, portanto, seriam superiores às vantagens comerciais oferecidas ao bloco.
As relações entre Israel e Egito demoraram ainda três anos para se tornarem completamente pacíficas. Em 1978, com os acordos de Camp David, o país judaico foi, pela primeira vez, reconhecido por um Estado árabe, após décadas de embates políticos e religiosos.

Créditos: http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?blogid=57&archive=2010-06

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