A Faculdade Barretos, juntamente com o coordenador do Curso de Licenciatura em História da Faculdade Barretos, dão as Boas Vindas a todos os alunos para o ano letivo de 2012! Sejam Bem Vindos!
"Que continuemos a nos omitir da política é tudo o que os malfeitores da vida pública mais querem. (Bertold Brecht)"

terça-feira, 7 de junho de 2011

7 de junho de 1980 – A literatura perde Henry Miller

O escritor Henry Miller, cujo primeiro romance, Trópico de Câncer (1934), conquistou a admiração dos críticos e valeu ao autor o desprezo de toda uma sociedade, morreu no dia sete, aos 88 anos, nos braços de seu mordomo.

O consagrado escritor nasceu nos Estados Unidos, filho de um alfaiate alemão. Quando o pai lhe deu dinheiro para ir à faculdade, Miller fugiu com quem se tornaria sua primeira mulher (ele se casou cinco vezes), uma dama que tinha idade para ser sua mãe.
Miller foi o último representante de uma estirpe de grandes escritores da literatura norte-americana, como Hemingway e Faulkner. Condenado e perseguido, acusado de pornografia, ele proclamava a “absoluta inocência” dos valores existenciais do sexo, e terminou por impô-los nos seus escritos.

“O sexo, o sexo”, repetia, “é só o que existe”. Mas acrescentava: “O tema de meus livros não é o sexo, e sim a libertação do eu”. A libertação sexual, assim, tornava-se uma etapa no longo caminho para a plenitude da integração de sacro e do profano, para o encontro consigo mesmo, e por conseguinte com Deus.
Antes de se tornar escritor, Miller fez de tudo: de empregado de uma loja de vaqueiros, mineiro, carteiro e repórter. Sempre escreveu em oposição à sua mãe: “Eu a odiei em toda a minha vida. Era uma mulher rígida, puritana, nunca nos demos bem. Nunca leu nada do que eu escrevi porque eu não queria tornar-me um alfaiate como meu pai e assumir o seu lugar”. Acima de tudo, porém, odiava o puritanismo dela.
Diante das proibições e perseguições que encontrou no caminho ao defender suas obras, ele se limitava a citar a Epístola de Paulo aos Romanos, XIV: “Não há nada impuro em si, mas para aquele que julga alguma coisa impura, ela é impura”.
A obra de Miller se caracteriza por um estilo retórico, febril e desordenado, que o tornou um mestre da literatura norte-americana. Mas não foi sempre assim, e para chegar a isso, muitas páginas foram jogadas fora antes de Trópico de Câncer, mas nada se perdeu com isso, pois o grande escritor nasceu na hora em que começou a escrever as primeiras páginas deste livro.

Créditos: http://www.jblog.com.br/hojenahistoria.php?blogid=57&archive=2010-06

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Marcadores