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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Educação básica custa mais na particular. Superior, na pública

No segundo ano do curso de Direito em uma faculdade particular de São Paulo, Aline Gomes, de 21 anos, paga por mês R$ 494. O custo está acima da média do País, mas é menor do que a mensalidade de R$ 600 da escola particular em que se formou, na Vila Prel, extrema zona sul da mesma cidade. No ensino público, acontece o contrário: o investimento por aluno no ensino superior é mais do que cinco vezes a quantia gasta por estudante na educação básica.

De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (Inep) a soma dos gastos dos governos federal, estadual e municipal em 2009 dão um custo médio por aluno nos ensino médio e fundamental de R$ 2,9 mil por ano. Enquanto isso, cada matrícula em instituições públicas de ensino superior custa R$ 15,4 mil anuais aos cofres públicos.


O valor é o triplo do que a média gasta por estudantes de instituições particulares. Segundo estudo feito pelo economista, Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Sindicato das Mantenedoras de Estabelecimentos de Ensino Superior em São Paulo (Semesp), em 2010 a mensalidade média no Estado foi de R$ 421, ou seja, cada aluno custou – do próprio bolso ou ao governo que oferece bolsas pelo Prouni em várias destas instituições – R$ 5 mil por ano.

O sindicato das escolas particulares afirma desconhecer o custo médio das mensalidades. “Com certeza, é maior que o da faculdade”, opina Capelato. Um estudo feito em 2008 pela consultoria Invest concluiu que integrantes da classe A gastavam em média R$ 15 mil por ano com escola e, da classe B, R$ 7,8 mil.
Para pegar um exemplo de ponta, o colégio paulista Vértice, primeiro colocado no Enem em 2009, cobra de R$ 1.460 a R$ 2.998, dependendo da série (entre R$ 17.520 e R$ 35.976 por ano). Uma mensalidade parecida com a anuidade do governo no sistema público.
“O investimento é inversamente proporcional. No ensino superior, quem mantém vaga para elite é a universidade pública, no ensino básico, é a escola particular”, analisa Capelato.
A mesma observação faz o diretor da Campanha Nacional pelo Direito a Educação, Daniel Cara. “É bom deixar claro que, no sistema público, o que está errado é gastar menos de R$ 3 mil com o básico. Os R$ 15 mil do superior são os que garantem boas universidades”, afirma, acrescentando que o baixo custo na particular está relacionado a má qualidade. "Não é a toa que foram fechadas 11 mil vagas em cursos de Direito essa semana."

O representante das particulares defende que com os R$ 5 mil médios é possível oferecer bons cursos superiores. “A iniciativa privada é mais eficiente, o sistema público tem muitos professores que não dão aulas, para dar um exemplo de desperdício.”
Para Aline, que hoje gasta menos na faculdade do que custava a escola, não há dúvidas de que o preço está ligado à qualidade. Ela conta que chegou a passar no vestibular e fazer matrícula em outra instituição com mensalidade duas vezes maior, mas não conseguiu pagar e, ao saber pelo iG o preço médio - pago pelo governo - nas universidades públicas, desabafou: "Por isso que quem teria dinheiro para pagar qualquer faculdade, faz cursinho para passar nas públicas."

Créditos: http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/educacao+basica+custa+mais+na+particular+superior+na+publica/n1597000724462.html

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